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Filmes para menores têm mais violência com armas, diz estudo

Filmes hollywoodianos de maior faturamento em 2012 continham mais cenas de violência com armas de fogo nas obras indicadas para adolescentes do que a adultos


	Cinema: debate sobre os efeitos disso voltou a ganhar força em 2012, depois de um massacre a tiros dentro de um cinema do Colorado
 (Steve Bonini/Getty Images)

Cinema: debate sobre os efeitos disso voltou a ganhar força em 2012, depois de um massacre a tiros dentro de um cinema do Colorado (Steve Bonini/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 08h46.

Los Angeles - Os filmes hollywoodianos de maior faturamento em 2012 continham mais cenas de violência com armas de fogo nas obras indicadas para adolescentes do que nos filmes destinados a adultos, segundo um estudo publicado na segunda-feira.

As conclusões relativas a 2012 surgem após três anos consecutivos em que filmes qualificados nos EUA sob a categoria PG-13 (indicado para adolescentes) se igualaram aos filmes da classificação R (para maiores) em termos de violência com armas de fogo, segundo o estudo realizado pelo Centro Annenberg de Políticas Públicas, da Universidade da Pensilvânia, e pela Universidade Estadual de Ohio.

A classificação PG-13 indica aos pais que o filme pode ser inadequado para menores de 13 anos. A classificação R libera o filme para maiores de 17 anos, ou para menores acompanhados por um responsável.

Todos os sete filmes de maior bilheteria em 2012 estavam na faixa PG-13, e cinco deles eram longas-metragens de ação com cenas violentas, caso de "Skyfall", do personagem James Bond, e de filmes com super-heróis, como "Os Vingadores", "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" e "O Espetacular Homem-Aranha".

O estudo não discute as razões pelas quais os filmes PG-13 estariam mais violentos.

O debate sobre os efeitos disso voltou a ganhar força em 2012, depois de um massacre a tiros dentro de um cinema do Colorado em que se exibia o filme do Batman.

Em uma análise com os 945 filmes de maior bilheteria desde 1950, as cenas de violência mais do que duplicaram nesse período, segundo o estudo publicado na revista "Pediatrics".


Os autores também observam que quando foi criada a classificação PG-13, em 1984, a incidência da violência armada nesse tipo de filme era mais semelhante à que é vista em filmes da categoria PG e G, voltados para o público infantil.

"É perturbador que filmes PG-13 estejam tão cheios de violência armada", disse em nota Dan Romer, coautor do estudo e diretor do Instituto de Comunicação do Adolescente do Centro Annenberg. "Sabemos que os filmes ensinam às crianças a forma como os adultos se comportam, e eles fazem o uso de armas parecer excitante e atraente." Os autores do estudo concluem que as descobertas "sugerem que a presença de armas nos filmes poderia amplificar os efeitos (sobre os jovens) de filmes violentos sobre a agressividade".

O estudo incluiu desenhos animados e não levou em conta a mensagem, positiva ou negativa, por trás da violência armada.

A classificação dos filmes cabe à entidade setorial Motion Picture Association of America, que reúne estúdios de cinema.

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