Fifa revelou nesta sexta-feira, em uma coletiva de imprensa, todas as informações que levaram a arbitragem a validar o gol da Suíça contra o Brasil (Marko Djurica/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de junho de 2018 às 14h37.
Última atualização em 29 de junho de 2018 às 14h45.
Depois de se recusar a dar o áudio e vídeo para a CBF referente à comunicação entre o árbitro e a cabine do VAR, a Fifa revelou nesta sexta-feira, em uma coletiva de imprensa, todas as informações que levaram a arbitragem a validar o gol da Suíça contra o Brasil, na estreia das equipes na Copa do Mundo.
A Fifa explicou que não liberou antes o vídeo do gol da Suíça, como pediu a CBF, por considerar que não era "adequado" dar a informação durante a primeira fase. No áudio, os técnicos na cabine do VAR avaliam a imagem do gol de empate e concluem que o toque sofrido por Miranda foi "um empurrão muito leve".
O gol representou o empate da Suíça e levou a CBF a se queixar oficialmente junto à Fifa diante do fato de que o processo de verificação das imagens não teria sido bem conduzido. "Gol controlado", afirmou a cabine ao juiz da partida.
De acordo com o chefe da arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina, não houve inicialmente um questionamento por parte dos jogadores. "Isso só ocorreu quando o replay do lance foi mostrado no telão do estádio", disse. "Só então que os jogadores criticaram", disse.
Para ele, não se deve descartar que, no futuro, o público no estádio saiba como uma decisão foi tomada, assim como ocorre em outros esportes que já usam a tecnologia. "Mas estamos ainda andando. Antes de correr, precisamos aprender a caminhar", disse.
Collina disse que o VAR acertou 99,3% dos casos. No total, o VAR avaliou 335 lances durante a primeira fase, uma média de 6,9 por jogo. "Ainda não estamos 100%", admitiu.
Por fim, o chefe de arbitragem informou que houve uma correção no comportamento dos árbitros depois da primeira rodada. Mas, ainda assim, defendeu o sistema. "O contato não significa falta. Isso não é futebol", disse Colina.