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Festival Sónar reúne 30 mil em dois dias no Anhembi

Pelos três palcos do evento passaram artistas conhecidos do grande público como Cee Lo Green, e DJs seguidos exclusivamente por amantes das pick ups, como o inglês Rustie

A grande atração do primeiro dia foi a banda alemã Kraftwerk, com um ótimo show cheio de projeções em 3D (Mike Coppola/Getty Images)

A grande atração do primeiro dia foi a banda alemã Kraftwerk, com um ótimo show cheio de projeções em 3D (Mike Coppola/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 10h59.

São Paulo - A música eletrônica tomou conta do Anhembi no fim de semana. Cerca de 30 mil pessoas (14 mil na sexta-feira e 16 mil no sábado) conferiram a segunda edição do festival Sónar. Pelos três palcos do evento passaram artistas conhecidos do grande público como Cee Lo Green, e DJs seguidos exclusivamente por amantes das pick ups, como o inglês Rustie. A grande atração do primeiro dia foi a banda alemã Kraftwerk, com um ótimo show cheio de projeções em 3D. Dentre os clássicos da banda, fundada na década de 70, estavam "Autobahn", "Radioactivity" e "The Robots".

O grupo originalmente não estava escalado para o festival, mas substituiu a cantora islandesa Björk, que cancelou sua vinda por problemas nas cordas vocais. Mesmo em meio a um set list cheio de ícones gringos da música eletrônica, Criolo e Emicida também se destacaram na programação. No segundo dia, o bonachão Cee Lo Green comandou a festa. Seus maiores sucessos, "Crazy" e "Fuck You!", que ganhou até versão sem o palavrão mas teve o refrão entoado sem censura, pontuaram o setlist. As surpresas foram os escoceses do Mogwai, o inglês James Blake e os franceses do Justice.

A infraestrutura do evento não deixou o público passar aperto - a impressão era que o local comportaria o dobro de pessoas tranquilamente. A situação foi tranquila até na parte logística, para chegar ao Anhembi e estacionar o carro. Praticamente não houve filas para comprar bebidas e comidas ou para os banheiros. Entre um show e outro, havia lugares para sentar e fazer um breve descanso, além dos totens para carregar celulares. O resultado foi muito conforto para o público dançar e se divertir. Os palcos, afastados um dos outros, evitou que os sons se misturassem em apresentações simultâneas.

No caminho entre uma atração e outra, porém, o visitante era bombardeado por stands comerciais dos patrocinadores do evento: anúncios de carros, salgadinhos, celulares, aparelhos de som e videogames pipocavam mas, por outro lado, poucas placas informativas orientavam o público sobre os locais dos shows, com o agravante das mudanças de horário e atrasos. Ao menos uma pessoa foi detida com aparelhos de celular roubados.

Exceto pelo palco Sónar Hall, montado dentro de um auditório, o som dos outros dois palcos, Sónar Club e Sónar Village, estavam ruins devido à péssima acústica. No Hall, no entanto, o problema era outro. Como a entrada com comidas e bebida era proibida, os seguranças afunilaram a entrada para facilitar a fiscalização, criando, um gargalo e dificultando o acesso de quem tentava entrar ou sair do local.

O clima de uma grande balada prevaleceu. Entre o público, havia uma divisão clara entre os adoradores de música eletrônica comercial, que se sentiam em uma grande casa noturna. Outros estavam ali atrás de seus DJs preferidos, ainda com pouca projeção por aqui. O saldo do Sónar, bastante positivo, provou que há demanda para eventos como esses na cidade, e que eles podem ser realizados de forma organizada. As informações são do Jornal da Tarde.

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