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Festival de Glastonbury cancela a 50ª edição pelo coronavírus

O evento, que acontece no Reino Unido, recebe a cada ano mais de 200.000 pessoas em uma área rural que tem diversos palcos ao ar livre

Glastonbury: um dos maiores do mundo, celebrado no Reino Unido, anuncia o cancelamento de sua 50ª edição (Foto/AFP)

Glastonbury: um dos maiores do mundo, celebrado no Reino Unido, anuncia o cancelamento de sua 50ª edição (Foto/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de março de 2020 às 15h16.

Os organizadores do festival de música de Glastonbury, um dos maiores do mundo, celebrado no Reino Unido, anunciaram nesta quarta-feira o cancelamento de sua 50ª edição, prevista para junho, devido à pandemia de coronavírus.

"Lamentamos muito anunciar isto, mas vamos ter que cancelar Glastonbury 2020", escreveram os organizadores no Twitter, que também informaram que os ingressos para a edição cancelada poderão ser utilizados em 2021.

Quase 135.000 pessoas já haviam depositado um pagamento antecipado de 50 libras para reservar as entradas tão cobiçadas.

Glastonbury recebe a cada ano mais de 200.000 pessoas em uma área rural que tem diversos palcos ao ar livre. Paul McCartney, Kendrick Lamar, Diana Ross e Taylor Swift estavam entre as atrações, ao lado de dezenas de outros artistas, do festival de 24 a 28 de junho.

"Claramente não era assim que gostaríamos de organizar nosso 50º aniversário, mas após as novas medidas anunciadas pelo governo esta semana e em um período de incerteza sem precedentes esta é a única opção", afirmaram os organizadores, Michael e Emily Eavis.

O Executivo britânico pediu na segunda-feira à população que evite o "contato social" e as "viagens desnecessária" para limitar a propagação do coronavírus, que matou 71 pessoas no país.

Eventos esportivos e culturais foram cancelados, enquanto museus e teatros fecharam as portas.

"Realmente esperamos que a situação no Reino Unido melhore muito até o fim de junho, mas mesmo que isto aconteça, não podemos passar os próximos três meses com milhares de integrantes da equipe aqui na fazenda, ajudando a preparar o festival", explicaram os organizadores.

O cancelamento terá "graves consequências financeiras", destacaram Michael e Emily Eavis, não apenas para eles, mas também para os fornecedores, comerciantes e a população local.

O festival contribui para ONGs como Oxfam, Wateraid e Greenpeace.

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