Sala de cinema: tema do festival é a questão da emergência, demonstrada principalmente nas manifestações recentes em todo o país (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 07h46.
São Paulo – A sexta edição do Entretodos - Festival de Curtas de Direitos Humanos, que começa hoje (9) e vai até o próximo dia 13, quer promover este ano a ideia de que os movimentos de mudança são conduzidos pelas massas. O tema do festival é a questão da emergência, demonstrada principalmente nas manifestações recentes em todo o país.
“As pessoas estão agindo de uma forma quase intuitiva, não é espontâneo e nada proposital. É uma coisa que está explodindo, está advindo de uma explosão, de uma emergência”, explicou Jorge Grinspum, um dos curadores do festival juntamente com Manuela Sobral.
Segundo ele, o tema da emergência, proposto para o festival deste ano, dialoga com o momento atual do país. “Acho que tivemos um sucesso quando foi proposta a questão das urgências e das explosões. São filmes que mostram certo cansaço [da população]”, disse.
No festival, que é feito pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo e organizado pela Fundação Escola de Sociologia e Política (Fesp), serão apresentados 32 curtas nacionais e internacionais, na mostra competitiva, com até 25 minutos de duração e que abordam temas relacionados aos direitos humanos. Os curtas vão ser exibidos em 40 pontos de Cultura e de educação da capital paulista. “O festival vai ocorrer em muitas escolas, principalmente na periferia. Nosso maior público este ano será formado por jovens de 14 a 18 anos. O principal foco são as escolas, levando o cinema e a discussão dos direitos humanos para essa juventude das escolas dos bairros e das periferias”, disse o curador.
Os curtas foram divididos em cinco programas temáticos: Descobertas, O Outro, Meu Lugar, Afetos e Ruas, que buscarão provocar no público uma discussão e uma reflexão mais aprofundada sobre os direitos humanos. Entre os assuntos presentes estão o direito à moradia, a questão indígena, os direitos da população LGBT e as manifestações.
O festival contará também com debates, palestras, oficinas e uma mostra infantil. “Estamos propondo que todas as escolas façam pelo menos um debate ou uma roda de conversa, como chamamos. Os filmes detonam uma conversa muito positiva. Então, estamos pedindo que, pelo menos em uma das exibições, haja uma conversa com a plateia”, disse o curador.
O festival é gratuito. Mais informações e a programação do evento podem ser vistas no site http://www.entretodos.com.br/