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Festival de Cinema traz filmes que exploram homossexualidade

Evento de cinema judaico faz homenagem aos irmãos Barak e Tomer Heymann, vistos como principais expoentes do cinema marginal israelense

Bandeira do movimento gay: homossexualidade é explorada em filmes que serão exibidos no 16º Festival de Cinema Judaico (Pedro Armestre/AFP)

Bandeira do movimento gay: homossexualidade é explorada em filmes que serão exibidos no 16º Festival de Cinema Judaico (Pedro Armestre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 17h46.

São Paulo – O 16º Festival de Cinema Judaico, que começou hoje (7) na capital paulista, faz uma homenagem aos irmãos Barak e Tomer Heymann, vistos como principais expoentes do cinema marginal israelense. Serão exibidos dez documentários da dupla, cinco deles inéditos na cidade, tratando de temas polêmicos como homossexualidade e conflitos árabe-judeus.

Estará na mostra Bonecas de Papel (2006), dos irmãos Heymann, que conta a vida de travestis filipinos expulsos por suas famílias e que passam a morar ilegalmente em Israel. Lá, trabalham 24 horas por dia para enviar dinheiro aos seus familiares.

Em outro documentário dos irmãos em cartaz, Ponte sobre o Wide (2006), a dupla retrata um grupo de pais árabes e judeus que resolveram criar uma escola bilíngue dentro de uma aldeia árabe. Segundo José Luiz Goldfarb, um dos organizadores do evento, há muita coragem no trabalho dos irmãos Heymann.“Eles têm um enfoque muito corajoso e profundo de problemáticas extremamente difíceis e, muitas vezes, tabus”.

Premiados internacionalmente nos festivais de Berlim e de Los Angeles, os irmãos vêm a São Paulo para um debate durante a sessão extra de cinema, marcada para as 20h30 do dia 15, no Teatro Arthur Rubinstein.

Além dos homenageados, o público poderá ver mais de 40 produções de países como Israel, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, República Tcheca, Croácia, Polônia, Ucrânia, Argentina e Brasil, entre ficções, curtas, infantis e quadrinhos, de cineastas judeus e não judeus, todos envolvendo a temática judaica.


De acordo com Goldfarb, apesar dessa abordagem, os sentimentos passados pelos filmes servem para todo o público. “Os problemas judaicos acabam extrapolando a comunidade judaica e entrando nas angústias, tristezas, alegrias e dramas da alma humana”.

Até domingo (12), último dia do festival, são esperados 15 mil espectadores. Hoje (7), às 20h30, será exibido um longa-metragem feito em quadrinhos: O Gato do Rabino (2011), no Teatro Arthur Rubinstein. Voltado para o público adulto, ele traz problemáticas da comunidade judaica que vive na Argélia, mas de forma bem humorada.

“É a história de um gato que engole um papagaio e começa a falar”, resume Goldfarb. O filme é multicolorido e desenhado à mão em duas dimensões. “A linguagem de quadrinhos é um outro destaque do cinema judaico, que teve presenças importantes como o Superman, Batman, que tiveram origem em autores judeus”, disse.

Goldfarb diz que a presença dos judeus no cinema mundial é marcante não somente devido aos filmes inspirados em quadrinhos. Ele cita os nomes de Woody Allen, Roman Polanski e Steven Spielberg, como exemplos da vocação judaica para a sétima arte.

O festival está em cartaz em sete salas de cinema de São Paulo, no Teatro Arthur Rubinstein (Hebraica), Cinemark Higienópolis, CineSesc, Centro de Cultura Judaica, Teatro Eva Herz e Museu da Imagem e do Som (MIS). Os ingressos são gratuitos ou vendidos a preços populares. A partir do dia 13, uma seleção de filmes participantes do festival estarão disponíveis no site www.hebraica.org.br.

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