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Ferrari escolhe 499 sortudos para ter carro Monza, de US$ 1,8 milhão

Carro tem motor de 12 cilindros e será capaz de atingir 100 quilômetros por hora em menos de três segundos

Monza SP1: Carro faz parte do plano estratégico de cinco anos da Ferrari (Krisztian Bocsi/Bloomberg)

Monza SP1: Carro faz parte do plano estratégico de cinco anos da Ferrari (Krisztian Bocsi/Bloomberg)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 05h00.

Última atualização em 4 de outubro de 2018 às 05h00.

A Ferrari deu a 499 de seus clientes mais fiéis a chance de comprar o supercarro Monza, que custa 1,6 milhão de euros (US$ 1,85 milhão).

Os clientes selecionados terão a liberdade de escolher entre as versões de um e dois lugares, mas só podem comprar um, disse Enrico Galliera, diretor de vendas e marketing da empresa, nesta terça-feira, em entrevista à Bloomberg Television, no Salão do Automóvel de Paris. Ninguém poderá comprar os dois, disse.

“Já identificamos os poucos sortudos que têm a possibilidade de comprá-lo: cada carro foi atribuído a um nome específico”, disse Galliera.

A Ferrari se apresenta tanto como empresa de artigos de luxo quanto como fabricante de automóveis, e o ar de exclusividade que a empresa está cultivando em torno da Monza é semelhante à estratégia usada por empresas como a Hermès International para a venda das bolsas Birkin, que custam mais de US$ 10.000. Limitar a quantidade de produtos disponíveis só aumenta o apelo entre os compradores em potencial.

O Monza, feito de fibra de carbono e com 810 cavalos de potência, tem motor de 12 cilindros e será capaz de atingir 100 quilômetros por hora em menos de três segundos. O carro será vendido por 1,6 milhão de euros na Itália, incluindo IVA.

O Monza Sp1 e o Monza Sp2 fazem parte do plano estratégico de cinco anos da Ferrari sob o comando do CEO Louis Camilleri, que assumiu o cargo de Sergio Marchionne em julho. O novo CEO planeja ampliar a oferta de supercarros de edição limitada da Ferrari para elevar as margens de lucro para mais de 38 por cento em 2022.

Essa margem equivaleria à registrada pela grife francesa Hermès no ano passado, segundo dados da Bloomberg. Em 2017, a Ferrari chegou a 30 por cento -- pouco menos que os 31 por cento da Apple e bem acima de fabricantes de automóveis de luxo como a BMW.

Galliera disse que a Ferrari já está trabalhando em uma nova edição especial depois do Monza como parte de seu novo projeto “Icona”. A Ferrari tem uma lista de espera média de 12 meses, tempo que sobe para 24 meses no caso dos carros mais exclusivos.

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