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Farmácia entra na Justiça para ver laudo do caso Cielo

O atleta foi pego no exame antidoping do Troféu Maria Lenk, por presença de furosemida na urina

A advogada alega, ainda, que em nenhum momento a farmácia foi convocada a prestar esclarecimentos no processo de antidoping (myuzeme/Creative Commons)

A advogada alega, ainda, que em nenhum momento a farmácia foi convocada a prestar esclarecimentos no processo de antidoping (myuzeme/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2011 às 22h06.

Campinas - A advogada Rosely Pozzi, representante da farmácia Anna Terra - apontada como responsável pela contaminação das cápsulas de cafeína ingeridas pelos nadadores brasileiros César Cielo, Nicholas dos Santos, Henrique Barbosa e Vinícius Waked - entrou na Justiça com medida cautelar pedindo entrega de cópia do processo que tramitou na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), bem como laudo elaborado pelo Ladetec. Os atletas foram pegos no exame antidoping do Troféu Maria Lenk, por presença de furosemida (um diurético) na urina.

"Fomos à Justiça porque não fomos atendidas no pedido extrajudicial que fizemos em 8 de julho ao Ladetec e à CBDA, de nos fornecerem as cópias. Somente o Ladetec se manifestou prontamente, mas explicando que não poderia nos fornecer cópia do laudo", afirmou a advogada que encaminhou a medida judicial à 3ª Vara Cível de Santa Bárbara D'oeste em 29 de julho e aguarda decisão.

Rosely ressaltou que o próprio laboratório reconheceu, em sua manifestação, que solicitações de clientes encaminhadas ao Ladetec não identificam a origem das amostras. "O laboratório escreveu-nos assim: não temos como saber a que amostra isso se refere e muito menos qual a participação de sua empresa no mesmo e em amostras que recebemos, pois as mesmas são analisadas como tal, sem referência à sua origem", informou a advogada.

"Portanto, qualquer informação de que foram analisadas exatamente as cápsulas manipuladas pela farmácia Anna Terra e tidas por contaminadas é leviana e infundada", disse.

A advogada alega, ainda, que em nenhum momento a farmácia foi convocada a prestar esclarecimentos no processo de antidoping. A farmácia nega ter assumido erro na produção do suplemento usado pelo atleta, e afirma que foi sua fornecedora nos últimos dois anos de suplementos. "Nesse período, ele (Cielo) foi submetido a vários exames antidoping cujos resultados foram negativos, como ele mesmo admite", aponta a advogada. "É injusto que sejam assacadas contra a farmácia acusações desabonadoras por parte de pessoas que sequer vieram ao estabelecimento, e tampouco conhecem a estrutura de seus laboratórios."

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