No estádio ocorrerão as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada (Issei Kato/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de julho de 2018 às 11h47.
Tóquio - Prestes a iniciar a contagem regressiva de dois anos exatos para o início da Olimpíada de Tóquio 2020, o Conselho de Esportes do Japão (JSC, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira um relatório com informações atualizadas sobre o andamento das obras das sedes da grande competição, sendo a principal delas a do novo Estádio Olímpico da capital nacional.
De acordo com o informe publicado pelo órgão nacional, o grande palco dos Jogos está 40% pronto e o local, que terá capacidade para abrigar 68 mil espectadores, segue com a previsão inicialmente prometida de ser entregue em novembro de 2019.
No estádio ocorrerão as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada e também as competições de atletismo do evento, sendo sua construção foi iniciada após uma grande polêmica. A principal sede dos Jogos começou a ser erguida em dezembro de 2016, então com mais de um ano de atraso em relação ao inicialmente previsto, após um projeto anterior ser abortado por causa de altos custos e de um design considerado impopular.
A festa que abrirá os Jogos de Tóquio está marcada para o dia 24 de julho de 2020, enquanto o evento que fechará a competição será em 9 de agosto, quando o Japão espera poder celebrar uma bem-sucedida organização de Olimpíada.
O novo Estádio Olímpico começou a ser construído após o governo japonês aprová-lo em uma obra cujo valor previsto é de 150 bilhões de ienes (cerca de R$ 5,1 bilhões pela cotação atual). Na última terça-feira, por sinal, foram completados exatos três anos que o projeto anterior para esta gigantesca edificação foi oficialmente cancelado pelo governo japonês.
Criado pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid, o projeto provocou fortes críticas de profissionais japoneses por ser muito grande e caro, além de prever a construção de dois arcos enormes no topo do estádio, um recurso estético considerado desnecessário por especialistas e que elevaria de maneira significativa os seus custos.
Como a obra do grande palco da Olimpíada acabou começando bem depois do previsto, a missão de entregá-la dentro do prazo prometido está sendo cumprida por um verdadeiro "exército". O Conselho de Esportes do Japão informou nesta quarta-feira que cerca de 2.000 operários, em média por dia, estão trabalhando no local e revelou que este número deverá subir para 3.000 em breve.
Os dirigentes do JSC destacaram que o maior obstáculo a ser superado agora é a construção do teto do estádio, que servirá para cobrir os setores reservados aos espectadores e é considerado o aspecto mais complexo da construção.
"A parte mais desafiadora a partir de agora é instalar o teto", afirmou Tadashi Mochizuki, porta-voz do JSC, enfatizando que esta estrutura precisa ser afixada de forma milimétrica. "De todos os 15 meses do período de trabalho para o teto,
ainda temos mais nove meses pela frente. Estamos instalando o teto, dividindo (este processo) em quatro partes. Temos de instalar as peças sem um centímetro de erro", completou.
Além destas novidades sobre a obra do Estádio Olímpico reveladas nesta quarta-feira pelo JSC, os organizadores da Olimpíada de Tóquio disseram nesta semana que todas as novas sedes de competições construídas para os Jogos estão de 20% a 40% prontas.
Entre estes locais figura a Vila Olímpica, que terá 21 prédios planos e capacidade para abrigar 18 mil atletas olímpicos e 8 mil paralímpicos. De acordo com a organização, 40% desta obra foi finalizada e a mesma será entregue em dezembro de 2019.
Já o novo Centro Olímpico Aquático, que receberá as competições de natação, saltos ornamentais e nado sincronizado, terá 15 mil acentos para os torcedores e esta obra está programada para ser encerrada em fevereiro de 2020.
O local reservado para as disputas de canoagem velocidade e remo, que fica na Baía de Tóquio, terá estrutura para acomodar 24 mil espectadores e na área demarcada de competição está sendo construído um sistema de bombeamento da água para evitar a ocorrência de ondas que poderiam afetar os atletas. Esta obra está prevista para ser encerrada no fim de 2019.
Entre as sedes construídas especialmente para a próxima Olimpíada, a única que está totalmente pronta é a que abrigará as competições de badminton e esgrima, que já recebeu vários outros eventos esportivos após ser inaugurada.