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Exposição sobre história do sexo convida a despir a mente

Mostra em Londres responde através de 200 objetos às grandes perguntas da humanidade sobre a sexualidade

Brinquedos sexuais do século XX na exposição "The Institute of Sexology" (Divulgação/Facebook/Wellcome Collection)

Brinquedos sexuais do século XX na exposição "The Institute of Sexology" (Divulgação/Facebook/Wellcome Collection)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 06h20.

Londres - A exposição "The Institute of Sexology", algo como "O instituto de sexologia", inaugurada nesta semana no espaço "Wellcome Collection", em Londres, responde através de 200 objetos às grandes perguntas da humanidade sobre a sexualidade e, conforme o slogan, convida o público a "despir a mente".

Figuras eróticas egípcias e gregas, pôsteres insinuantes, ilustrações do Kama Sutra, fotos de nu explícito e brinquedos sexuais do século XX são alguns dos objetos expostos na galeria.

O objetivo da mostra, a primeira organizada no Reino Unido sobre os pioneiros estudos do sexo, é apresentar a evolução da sexologia moderna, uma disciplina descrita pela primeira vez na medicina há quase 150 anos.

"Esta exposição apresenta o estudo do sexo. É uma história complexa, frequentemente contraditória e em constante evolução. Devemos entrar libertos", disse à Agência Efe a curadora Honor Beddard.

A mostra, que fica aberta ao público gratuitamente até 20 de setembro do ano que vem, convida os visitantes a participarem ativamente apresentando reflexões, opiniões ou relatos pessoais.

Durante o período em que tiver aberta, a organização incluirá novidades, como debates e conversas, que incitarão os espectadores a se tornar parte da exposição.

Diferentes salas levam o público a percorrer um caminho que começa explicando como os nazistas incendiaram uma biblioteca de livros sobre sexologia em 1933, em Berlim.

Além de documentos científicos de várias épocas, a mostra inclui objetos históricos de diversão, como um vibrador de 1900, modelos de genitais egípcios, curiosas figuras eróticas gregas e preservativos de mais de 100 anos.

Logo no começo, o visitante se depara com uma parede com fotografias em preto e branco feitas em 2006 de rostos de mulheres e homens sul-africanos homossexuais com tímidos sorrisos, que transmitem a opressão que vivem.

Depois, atrás de uma vitrine com objetos asiáticos em porcelana representando atos sexuais, amuletos de bronze e uma peculiar caixa de madeira com a inscrição "guia sexual em 3D", se abre o quarto de uma das principais figuras desta história: Sigmund Freud.

O pai da psicanálise, que acreditava que tudo no sexo começa na infância, influenciou com força a história da sexualidade com teorias como as das emoções sexuais.

"Freud foi a figura mais importante da história da sexologia do século XX. Ele estudou uma ciência que inclui muitas disciplinas, como a arte, a psicologia e a antropologia", explicou a curadora.

Ao seu lado, está Marie Stopes, feminista que apresentou ideias muito importantes sobre a visão da sexualidade e o papel da mulher e do sexo para além da procriação.

Também se destacam na mostra o pesquisador e sexólogo Alfred Kinsey, que afirmou que "o único ato sexual antinatural é aquele que não se pode completar"; e o psicanalista Wilhelm Reich, inventor do "Acumulador de Orgone".

Conhecido como "orgasmatron", se trata de uma grande caixa retangular na qual uma pessoa entra e consegue obter, segundo Reich, energia sexual.

Em 1973, o diretor americano Woody Allen parodiou esta invenção em seu filme "O Dorminhoco", em uma cena em que o protagonista descobre que todas as mulheres são frígidas e que para ter relações sexuais precisam da "caixa de orgone".

Um último corredor mostra três grandes fotografias: uma com um homem, outra com um casal e uma última com dois cachorros, representando situações incomuns dos "atos privados". 

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