A exposição também se destaca ao esmiuçar a identidade de ilustradores e desenhistas judeus, como Stan Lee (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2012 às 17h25.
Jaén - Uma exposição montada na Biblioteca Provincial de Jaén, no sul da Espanha, chama atenção ao buscar traços da cultura judaica na origem e na narrativa de alguns dos super-heróis mais conhecidos dos quadrinhos.
Organizada pela delegação da Sefarad-Israel em Andaluzia e pela Associação Cultural 'Vinheta 6', a mostra, intitulada 'Super-heróis: Identidade Secreta', ficará aberta ao público até o dia 16 de abril.
Através de uma série de painéis, com imagens e dados dos super-heróis, a exposição apresenta analogias entre Hulk e Golem, Homem-Aranha e Rei David - ambos protegidos por uma aranha -, e o nome de Superman no idioma kryptoniano: Kal-El, que significa 'A voz de Deus' em hebraico.
A exposição também se destaca ao esmiuçar a identidade de ilustradores e desenhistas judeus, como Stan Lee, Jack Kirby, Jerri Siegel e Joe Schuster, e suas expressões nos próprios super-heróis.
Estes desenhistas eram jovens judeus americanos, filhos de imigrantes judeus europeus, que deram origem a uma série de personagens, como Superman, Batman, Homem-Aranha, Quarteto Fantástico, Capitão América, Homem de Ferro, Hulk, Thor, Demolidor, Surfista Prateado, Mulher Gato, A Liga da Justiça e Os Vingadores.
De acordo com os organizadores, outros dois nomes também são capazes de exemplificar a relação existente entre a cultura judaica e os quadrinhos, caso de Will Eisner e Art Spiegelman, autor de 'Maus, Relato de um Sobrevivente', o primeiro quadrinho a ganhar o prestigiado Prêmio Pulitzer.
Além da origem dos super-heróis, a exposição também aborda a atuação de outros criadores judeus nos quadrinhos, como o roteirista de 'Asterix', René Goscinny, o autor de 'Corto Maltese', Hugo Pratt, e o autor de 'O gato do Rabino', 'Klezmer' e 'Chagall na Rússia', Joann Sfar.