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Exercícios de curta duração e intensos e riscos ao coração

Segundo cardiologista, nova tendência no universo fitness traz benefícios para quem deseja poupar tempo e manter a forma, mas é preciso tomar alguns cuidados

Homem correndo: segundo médico, “quanto maior o ritmo que empenhamos durante os exercícios, maior é o esforço ou o desgaste sofrido pelo organismo" (Getty Images)

Homem correndo: segundo médico, “quanto maior o ritmo que empenhamos durante os exercícios, maior é o esforço ou o desgaste sofrido pelo organismo" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 11h23.

São Paulo - Há poucas semanas, a imprensa divulgou que fazer exercícios por menos tempo, porém de maneira mais intensa, é tão eficaz quanto passar horas dentro de uma academia, por exemplo. Embora esse conceito seja conhecido já há algum tempo por atletas profissionais, ele tem atraído muitos adeptos, justamente por poupar tempo e apresentar, rapidamente, resultados bastante satisfatórios.

Contudo, os médicos têm algumas ressalvas. “Quanto maior o ritmo que empenhamos durante os exercícios, maior é o esforço ou o desgaste sofrido pelo organismo. Por isso, treinar mais pesado, ainda que por tempo reduzido, sem tomar os devidos cuidados, pode ocasionar lesões osteomusculares e até representar riscos ao coração”, diz o cardiologista do Sport Check-up do Hospital do Coração (HCor), Daniel Santos.

Avaliação prévia 

Mesmo quando praticados em sequências mais curtas, exercícios mais intensos exigem mais da musculatura, dos ossos e também do coração. Tanto que, segundo o especialista, pessoas portadoras de doenças cardíacas correm quase três vezes mais risco de sofrer morte súbita, enquanto praticam esportes de alta intensidade. “O melhor é que treinos mais pesados só sejam realizados após prévia avaliação médica que possa identificar se o indivíduo possui ou não algum tipo de cardiopatia ou problema osteomuscular capaz de impedi-lo de praticar algum tipo de atividade física”, explica o cardiologista. “Além disso, a orientação de profissionais da área de Educação Física, por exemplo, é importante, já que mesmo um exercício de menor intensidade, feito de maneira errada, também pode causar lesões ou agravar alguma preexistente, sem gerar muitos resultados”, acrescenta.


Kettlebells 

Outra dica do médico é que o uso dos equipamentos utilizados nesse novo método de exercícios, como o kettlebell – bola de ferro fundido com alça, também conhecida como gyria ou sino –, pode causar lesões e até traumas em pessoas que não conseguem estabilizar as articulações, não conhecem adequadamente as técnicas de utilização do equipamento ou não foram orientados por professores com formação nesse tipo de treinamento. “Todo exercício com objetivo de aumentar a potência muscular deve ser feito repeitando as individualidades biológicas de cada indivíduo. Também é importante que sejam realizados de forma gradativa e r egular, de acordo com os mesmos princípios utilizados em todo tipo de treinamento esportivo”, explica Santos.

Exercício equilibrado 

Segundo o cardiologia, a melhor maneira de se exercitar ainda é procurar um equilíbrio entre as atividades físicas intensas e as mais moderadas. O médico afirma que atividades físicas de moderada intensidade – intermediárias entre os exercícios mais leves e os mais pesados – também são importantes para garantir qualidade de vida às pessoas, principalmente, quando pertencem a faixas etárias mais elevadas. “Não existem exercícios que não possam ser feitos e sim pessoas que não podem fazer determinados exercícios. Ou seja, milagres não existem. Com boa alimentação, correta orientação profissional e descanso adequado, os objetivos traçados pelo indivíduo sempre serão alcançados”, afirma.

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