EVINO: rótulos com até 80% de desconto em novembro. (David Silverman/Getty Images)
Matheus Doliveira
Publicado em 7 de junho de 2021 às 16h51.
Última atualização em 7 de junho de 2021 às 17h36.
A Evino obteve receita 72% maior no primeiro trimestre deste ano em comparação a 2020. Entre janeiro e março, o maior e-commerce de vinhos da América Latina registrou receita líquida (receita bruta menos impostos, descontos, abatimentos e devoluções) de 67 milhões de reais. Já o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 13,4 milhões de reais, alta de 20% em relação a receita, informou a companhia com exclusividade à Exame.
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Somente em abril deste ano, que foi o primeiro mês para comparação considerando a pandemia e as mudanças de hábitos do isolamento social, a receita líquida da Evino foi de 30,5 milhões de reais, 22% a mais que em 2020. O Ebitda de abril também cresceu, a 8,3 milhões, 43% a mais que ano passado.
Somado ao fato de que o consumo de vinho no Brasil cresceu mais de 18% no ano passado, segundo Organização Internacional da Vinha e do Vinho, os bons números da Evino também refletem o plano da empresa de investir mais em vinhos premium e expandir seus canais de vendas para além do e-commerce.
Apesar de a maior parte de sua receita ainda vir do e-commerce, a marca está focando cada vez mais em conquistar novos canais de venda. Para isso, a empresa fundou um novo braço B2B chamado Evino Empresas, com foco no offline.
A unidade de negócios, que deve chegar a 10 milhões de reais em investimetos até o final do ano, tem como objetivo levar os vinhos da Evino para as gôndolas de supermercados, as cartas de vinhos de restaurantes e hotéis.
Uma outra sacada da marca foi investir 5 milhões de reais em uma linha de vinhos premium para conquistar os consumidores mais refinados. O projeto, chamado Produtores Renomados, já conta com 150 rótulos de 25 marcas diferenciadas. Até o final deste ano, o portifório deve contar com 180 vinhos de 34 produtores selecionados, sendo que mais de 50% dos rótulos são vendidos exclusivamente pela Evino.
“Somos a maior importadora brasileira de alguns ícones como Barolo, Brunello di Montalcino e Chateauneuf-du-pape e estamos muitos satisfeitos com nossa estratégia de portfólio premium”, diz Marcos Leal, co-fundador da Evino e CEO da Evino Empresas. “Agora com presença em redes varejistas como Sam’s Club, Carrefour, Sonda, DMA, Super Adega, entre outros, e restaurantes e hotéis de todos os tamanhos, estaremos próximos dos consumidores de novas maneiras”, completa.
Com aposta cada vez maior na omnicanalidade, a Evino espera crescer mais de 30% em receita líquida no primeiro semestre deste ano em comparação com ao mesmo período no ano passado, já considerando a sazonalidade pandêmica a partir de abril.
No ano passado, foram importadas mais de 10 milhões de garrafas, um volume 66% maior do que em 2019. O número de lançamentos também aumentou, chegando a quase mil novos vinhos acrescentados ao portfólio da marca, um crescimento de 46% em relação a 2019.
“Tivemos um primeiro trimestre de investimentos em oferta de vinhos premium e multicanalidade. Estamos sempre muito atentos às demandas dos nossos consumidores e temos boas expectativas para os próximos meses”, diz o co-CEO Ari Gorenstein.
Em 2020, a Evino fechou o ano com 281 milhões de reais em receita líquida. Em 2019, registrou receita líquida de 168 milhões de reais.