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Estudo afirma que astros do pop morrem mais cedo

Estudo australiano mostra que músicos americanos morrem até 25 anos antes do que a média da população


	Michael Jackson: mortes acidentais de "pop stars" ficam entre 5 e 10 vezes acima da média da população americana
 (Carl de Souza/AFP)

Michael Jackson: mortes acidentais de "pop stars" ficam entre 5 e 10 vezes acima da média da população americana (Carl de Souza/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 13h16.

Sydney - Há muito se diz que os astros do pop vivem de maneira intensa e morrem jovens, e um estudo australiano apresenta credibilidade acadêmica para o ditado, ao apontar que músicos americanos morrem até 25 anos antes do que a média da população.

"Esta é uma evidência clara que nem tudo vai bem na terra da música pop", disse Dianna Kenny, da Universidade de Sydney, que analisou as mortes de 12.665 artistas americanos, predominantemente homens, entre 1950 e junho de 2014.

Kenny acredita que o estudo é o primeiro do tipo a examinar o tempo de vida dos artistas populares em sete décadas, com uma linha de pesquisa que inclui músicos de vários gêneros, do jazz ao pop cristão, passando pelo punk.

A professora de Psicologia e Música constatou que as mortes acidentais de "pop stars" ficam entre cinco e 10 vezes acima da média da população americana, enquanto a taxa de suicídio fica entre duas e sete vezes acima.

Os índices de homicídio são até oito vezes maiores do que entre a população em geral.

O estudo aponta que "pelas sete décadas estudadas, o tempo de vida dos músicos chegou a ser 25 anos menor que a média da população americana".

Ao mesmo tempo, a professora destaca que apesar do aumento do tempo de vida dos dois grupos com o passar dos anos, os artistas masculinos viram a idade média da morte subir de 55 para 60 na década passada, enquanto entre a população geral a média chega a 75.

Mulheres da música pop tem a idade média de morte pouco acima dos 60, muito abaixo da população, que registra média acima de 80 anos, segundo o estudo.

Um estudo de 2011 da Universidade de Tecnologia de Queensland derrubou o mito do "Clube do 27", sobre o número de rock stars que morrem aos 27 anos, mas limitou a pesquisa apenas a artistas que atingiram o primeiro lugar das paradas com seus álbuns na Grã-Bretanha entre 1956 e 2007.

Outro estudo, da Universidade John Moores de Liverpool, publicado no British Medical Journal em 2012, teve um foco menor ao examinar as mortes de 1.489 astros da música pop e rock da América do Norte e da Europa que ficaram famosos entre 1956 e 2006.

Os pesquisadores descobriram que a taxa de mortalidade dos músicos aumentou em comparação com a população com o passar do tempo depois que eles ficaram famosos.

Dianna Kenny destacou que mais pesquisas são necessárias para confirmar os resultados iniciais, mas que os dados mostram que a indústria da música pop precisa fazer mais para apoiar os jovens músicos que geram lucros.

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