Jogos Olímpicos de Tóquio: sem público, sem estúdio de TV no local (Kim Kyung/Reuters)
Ivan Padilla
Publicado em 18 de julho de 2021 às 20h20.
É uma tradição. Em cada Olimpíada, a TV Globo monta um estúdio na cidade sede para a transmissão das competições. A pandemia, como sabemos, mudou planos em todo o planeta e adiou os Jogos Olímpicos de Tóquio em um ano. Será uma edição diferente, repleta de cuidados e sem público nas arquibancadas. E se não será possível ir a Tóquio, a TV Globo e o SporTV trazem Tóquio para o Brasil, com seu estúdio olímpico construído no Rio de Janeiro.
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A novidade foi anunciada neste domingo à noite no Fantástico e antecipada aqui pela Casual Exame. A Globo garante que a tecnologia de ponta, soluções virtuais e imagens em tempo real farão o espectador ser transportado para a capital japonesa. A magia entra em cena no dia 23, às 8h (de Brasília), data da cerimônia de abertura dos Jogos. A transmissão da TV Globo terá comando de Galvão Bueno, que estará ao lado do repórter Marcos Uchôa e de comentaristas que já viveram de perto as emoções do maior evento esportivo do planeta: os ex-atletas Fabi, do vôlei, Flávio Canto, do judô, e Daiane dos Santos, da ginástica artística.
Montado nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, em uma área de 400 metros quadrados, o estúdio olímpico foi inspirado na arquitetura japonesa, que mistura tradição e modernidade. É uma evolução da “caixa mágica”, conceito criado para o estúdio da Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Três câmeras instaladas em Tóquio enviarão imagens ao vivo da sede dos Jogos para os quase 80 m² de telões de LED que compõem o cenário circular. Terá uma amplitude de 270 graus e será uma janela para Tóquio: quando for noite na capital japonesa, esta será a imagem que o telespectador verá, mesmo que no Brasil o sol ainda esteja brilhando.
“O estúdio será uma janela virtual para termos a sensação de estar em Tóquio. Os telões serão preenchidos por peças virtuais temáticas dos elementos característicos de cada esporte. Isso nos permite fazer uma ambientação diferente a cada dia. Podemos brincar com elementos de todas as modalidades olímpicas”, explica Gilberto Castanon, diretor de tecnologia de esporte e eventos da Globo.
O estúdio olímpico terá operação 21 horas por dia, das 17h às 14h do dia seguinte. Será o coração da cobertura olímpica da TV Globo, com mais de 200 horas de conteúdo, e do SporTV, com seus quatro canais. Na TV Globo, Alex Escobar e Felipe Andreoli se revezam no espaço para entradas ao vivo em programas e telejornais, do ‘Hora 1’ ao ‘Jornal da Globo’, passando por ‘Bom Dia Brasil’, ‘Jornal Hoje’, ‘Jornal Nacional’, e também no ‘Fantástico’, aos domingos. É também de lá que Andreoli apresenta a edição nacional do ‘Globo Esporte’, e Lucas Gutierrez comanda o ‘Esporte Espetacular’.
O estúdio conta ainda com três cabines, de onde narradores como Galvão Bueno, Luís Roberto e Cleber Machado, e o time de comentaristas olímpicos transmitem os eventos da TV Globo. No SporTV, o ‘Ohayo Tóquio’, comandado diariamente por Marcelo Barreto e Bernardinho, abre a jornada olímpica no SporTV, às 18h. Para o programa, o estúdio ganha identidade visual e mobiliário diferentes, com espaço para receber convidados.
“Claro que não vamos dizer que estamos em Tóquio, mas o estúdio dará essa sensação. A tecnologia permitiu, por exemplo, que aumentássemos nosso ângulo de visão. Na Copa do Mundo da Rússia, o estúdio montado na Praça Vermelha em Moscou tinha uma visão de 180 graus. Agora, será de 270. É um dos trunfos da nossa cobertura olímpica e nos dará a oportunidade de transmitir toda a emoção de um evento que já nasce histórico”, explica Joana Thimóteo, diretora de eventos do esporte da Globo.
Acompanhe a cobertura dos Jogos de Tóquio aqui na exame.com.
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