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Estrelas para o alto: com duas do Michelin, Tuju reabre como Tujuína

O estrelado restaurante do chef Ivan Ralston, em São Paulo, dá lugar um estabelecimento mais casual e mais acessível – a poucos dias do novo prêmio Michelin

Entrada do Tujuína:  novo negócio do chef Ivan Ralston  (Divulgação/Divulgação)

Entrada do Tujuína: novo negócio do chef Ivan Ralston (Divulgação/Divulgação)

DS

Daniel Salles

Publicado em 24 de setembro de 2020 às 11h14.

Sobre a edição 2020 do guia Michelin brasileiro, que será anunciada nesta sexta (25), pode-se cravar o seguinte: O Tuju, do chef Ivan Ralston, não mais ostenta suas duas estrelas. Também pudera: o renomado restaurante na Vila Madalena reabriu na semana passada com novo nome e conceito – agora é Tujuína.

O chef cogita reabrir, num futuro incerto, o premiado Tuju em outro endereço. Mas é de supor que isso não baste para o Michelin mantê-lo na publicação (na edição de 2019, só outros dois restaurantes, o carioca Oro, do chef Felipe Bronze, e o paulistano D.O.M, de Alex Atala, ostentavam a mesma quantidade de estrelas). Premiado com um estrela no guia de 2018, o Esquina Mocotó, do chef Rodrigo Oliveira, encerrou as atividades com promessa parecida e foi limado da edição seguinte.

Ostras com vinagrete de papaia: 48 reais (Divulgação/Divulgação)

O fechamento (ou interrupção) do Tuju se deve a uma demorada reflexão de Ralston e sua sócia, a nutricionista Marcia Cavalieri. “Não nos permitimos voltar exatamente como antes depois de tudo que o mundo viveu com a pandemia”, diz ela. O restaurante não aderiu ao delivery e diz ter mantido seu quadro de funcionários. Para dar lugar ao Tujuína, o endereço não passou por nenhuma reforma. Apenas diminuiu o número de mesas no refinado salão principal e espalhou outras na área a céu aberto.

Salão do novo estabelecimento: igual ao antigo (Divulgação/Divulgação)

Se antes o endereço servia apenas dois menus-degustação, a 250 e 450 reais, agora é só à la carte. Mais descontraído e com preços mais acessíveis, o menu lista aperitivos como coxinha de galinha (28 reais, cinco unidades), tábua de curados e embutidos (58 reais) e carapau marinado com salada de batata (38 reais). Opções de entrada: beterraba desidratada com iogurte e quinoa frita (42 reais), ostra com vinagrete de papaia (48 reais, seis unidades) e ovo de pata com canjica cremosa, farofa caipira, caldo de ouriço e ora-pro-nóbis (48 reais).

Peixe ao estilo “escama de dragão": para dividir (Divulgação/Divulgação)

O arroz cremoso com camarão, shimeji e camarão na brasa (122 reais) e o joelho de porco com feijão manteiguinha, abóbora e chucrute (88 reais) chamam mais atenção entre os pratos principais. Também há pratos para dividir, como o chamativo peixe ao estilo “escama de dragão”, servido com banana tostada com vinagrete de castanha de caju e salada de ervas (178 reais). A rabanada com caramelo salgado e sorvete de paçoca (28 reais) é uma das melhores sobremesas. Um duas estrelas Michelin? Talvez não. Mas não causaria surpresa se ganhasse ao menos uma daqui a um ano.

Tujuína
Endereço: Rua Fradique Coutinho, 1248, Vila Madalena, São Paulo, tel. (11) 2691-5548.
Funcionamento: 19h/22h, de quinta a sexta; 12h30/ 15h e 19h às 22h, aos sábados; e 12h30/16h, aos domingos.

 

 

 

 

 

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