Casual

Estados Unidos se preparam para dar adeus a Muhammad Ali

Ex-campeão mundial de boxe será enterrado na próxima sexta-feira (10) em Louisville, no estado de Kentucky

Ex-campeão mundial de boxe Muhammad Ali (REUTERS/Andreas Meier)

Ex-campeão mundial de boxe Muhammad Ali (REUTERS/Andreas Meier)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2016 às 11h52.

O ex-campeão de pesos pesados Muhammad Ali, um dos maiores atletas do século 20, será enterrado na próxima sexta-feira (10) em Louisville, no estado de Kentucky. O ritual de admiração e respeito do povo norte-americano ao atleta será dirigido pelo ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, pelo ator e diretor Billy Crystal e pelo jornalista Bryant Gumbel, um ícone da rede de televisão NBC.

A homenagem a Muhammad Ali prevê uma procissão com o corpo do pugilista pelas ruas de Louisville. Segundo o porta-voz da família, Bob Gunnell, a procissão permitirá que a população da cidade possa dar adeus ao esportista.

O cortejo passará pela rua Muhammad Ali, nome dado pela prefeitura do município em homenagem ao esportista que nasceu e cresceu na cidade. Todos os edifícios públicos de Louisville já estão com bandeira a meio mastro.

Muhammad Ali será enterrado em cerimônia familiar privada. Mas haverá, simultaneamente, um serviço interreligioso dedicado ao ex-campeão, na principal arena esportiva de Louisville, a ser transmitido ao vivo para todo o território norte-americano.

O pugilista morreu na noite de sexta-feira (3), em um hospital em Phoenix, Arizona, aos 74 anos. Ele sofria de mal de Parkinson havia décadas, tendo sido internado esta semana por complicações respiratórias, seguidas de infecção generalizada, segundo informou Bob Gunnell.

Personalidades do mundo político, cultural e esportivo continuam publicando homenagens a Muhammad Ali, que se notabilizou por ganhar, em três ocasiões diferentes, o título mundial de pesos pesados, e uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1960.

Mas ele era também famoso por suas atitudes fora do ringue. Após ter se recusado a entrar para o serviço militar, em 1967, Ali perdeu não só sua licença de boxeador como também foi condenado a cinco anos de prisão,. Só foi solto sob fiança. Com sua língua afiada, ele aproveitava as entrevistas – no auge de sua carreira - para protestar contra a Guerra do Vietnã.

Homenagens

Em declaração publicada no site da Casa Branca, o presidente Barack Obama enviou condolências à família do pugilista. Obama disse que “Muhammad Ali era não somente um hábil poeta no microfone e um lutador no ringue, mas um homem que lutava pelo que era certo, que lutou por nós". Obama referia-se à luta fora dos ringues de Muhammad ali em favor dos direitos da população negra dos Estados Unidos.

O ex-presidente Clinton, citando a esposa Hillary Clinton, que concorre à indicação para ser candidata pelo Partido Democrata às eleições presidenciais dos Estados Unidos, fez a seguinte declaração: "Hillary e eu estamos tristes com a partida de Muhammad Ali. Desde o dia em que ele levou a medalha de ouro olímpica, em 1960, os fãs de boxe mundo afora sabiam que estavam vendo uma mistura de beleza e graça, velocidade e força que talvez nunca fosse vista novamente", declarou Bill Clinton.

O ator Michael J. Fox, que também sofre de Parkinson, publicou nas redes sociais a seguinte declaração sobre Muhammad Ali: "Um gigante, uma inspiração, um homem de paz, um guerreiro pela cura. Obrigado."

A cantora Madonna publicou no Twitter: "Ele sacudiu o mundo. Deus o abençoe." Também no Twitter, o ex-campeão mundial de pesos pesados, Mike Tyson, disse: "Deus veio para o seu campeão. Para sempre um grande homem".

George Foreman, que em 1974 lutou com Muhammad Ali, disse o seguinte: "Uma parte de mim se foi”. Na página da internet dos Jogos Olímpicos, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, fez a seguinte declaração: "Muhammad Ali foi um atleta que tocou o coração das pessoas em redor do mundo. Um atleta que lutou pela paz e pela tolerância. Ele foi um verdadeiro olímpico."

O reverendo Jesse Jackson, defensor de causas dos direitos humanos e amigo de Muhhamad Ali, disse: “Ele era um campeão no ringue, mas, mais do que isso, um herói fora do ringue. Quando campeões ganham, as pessoas os levam para fora do campo em seus ombros. Quando heróis ganham, as pessoas andam sobre os seus ombros. Nós montamos nos ombros de Muhammad Ali ".

Muhammad Ali vivia nas proximidades de Phoenix, no estado de Arizona, com sua quarta mulher, Lonnie, com quem se casou em 1986. Teve nove filhos.

Acompanhe tudo sobre:EsportesEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Casual

Enoturismo ganha espaço em Teresópolis (RJ) com vinícola que une vinho e natureza

Do espresso ao coquetel: descubra 5 drinques com café em São Paulo

Praia com ondas a 15 minutos da Faria Lima começa a funcionar em abril de 2025; fotos

Quanto custa comer nos 8 restaurantes brasileiros da lista estendida dos melhores da América Latina