Estação CCR das Artes: projeto arquitetônico valoriza a história do local, o antigo saguão de passageiros da Estação Júlio Prestes (Alexandre Silva/Divulgação)
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Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 15h10.
No próximo dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, será inaugurado na capital paulista um novo local dedicado à cultura: a Estação CCR das Artes. Situado no Complexo Cultural Júlio Prestes, mesmo local onde fica a prestigiada Sala São Paulo, o espaço para espetáculos receberá uma programação diversificada em seu palco de 160 m² e capacidade para até 543 pessoas sentadas.
A cerimônia oficial de abertura marca o primeiro evento do espaço, às 16h30, seguido do espetáculo As Estações gratuito e aberto ao público, com início às 20h30. Com narração do ator Odilon Wagner, a apresentação reúne a cantora Virginia Rosa, o acordeonista Toninho Ferragutti, a São Paulo Big Band Ensemble, a São Paulo Companhia de Dança, um quarteto de cordas formado por músicos da Osesp, o Coro Acadêmico da Osesp, a pianista Juliana Ripke e a companhia Mundo do Circo. Os ingressos para o evento de inauguração serão distribuídos no site da Sala São Paulo neste link.
A Estação CCR das Artes foi viabilizada pela Fundação Osesp por meio de uma parceria com o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e conta também com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura/Ministério da Cultura em sua construção e manutenção, com patrocínio institucional do Grupo CCR, via Lei Federal, pelos próximos três anos.
A Estação CCR das Artes oferecerá eventos multiculturais, incluindo apresentações de músicas clássica e popular, teatro, dança e cinema. O espaço também terá atividades educativas, a fim de ampliar a democratização o acesso à cultura e apoiar a formação de novos públicos, estimulando o interesse a manifestações artísticas multidisciplinares.
De acordo com o presidente do conselho de administração da Fundação Osesp, Pedro Parente, a nova sala representa “mais um passo importante de nossa instituição na sua vocação de prover cultura de qualidade e acessível a São Paulo e ao país”.
A temporada de espetáculos da Estação CCR das Artes começa em 25 de fevereiro, com apresentação do Coro da Osesp junto com seu novo regente, o maestro britânico Thomas Blunt. A programação completa para o ano de 2025 será anunciada em breve.
Um dos destaques da Estação CCR das Artes é o projeto arquitetônico que valoriza a história do local. A sala ocupa o antigo saguão de passageiros da Estação Júlio Prestes, e estão preservados os vitrais originais e três imponentes lustres. O projeto foi desenvolvido pelo escritório Dupré Arquitetura, de Nelson Dupré, profissional também responsável pela restauração da vizinha Sala São Paulo, inaugurada em 9 de julho de 1999.
“O projeto da Estação CCR das Artes demonstra como a colaboração entre o poder público, organizações culturais e a iniciativa privada é fundamental para impulsionar a cultura e transformar a cidade. Parcerias como esta são essenciais para a revitalização do Centro de São Paulo e para ampliar o acesso à cultura”, destaca Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
Com a inauguração, a Estação CCR das Artes torna-se parte do Complexo Cultural Júlio Prestes, que abriga também a Sala São Paulo (sede da Osesp, do Coro da Osesp e da Academia de Música), a São Paulo Escola de Dança, a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, a Estação Pinacoteca, o Memorial da Resistência e a Emesp Tom Jobim.
A expectativa é que o novo espaço se torne um ponto de encontro para artistas, estudantes, turistas e amantes da cultura, ampliando ainda mais o impacto do Complexo Cultural Júlio Prestes como um dos principais centros artísticos do país.
“A Estação CCR das Artes tem como missão formar novas plateias, atingindo um público bastante amplo, o que está profundamente conectado com um dos pilares da atuação do Instituto CCR – democratizar o acesso à cultura”, diz Miguel Setas, CEO do Grupo CCR, que tem o naming rights do espaço pelos próximos três anos, garantindo a manutenção das atividades.