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Esquis ou marcação da pista não causaram acidente

Investigação sobre acidente de esqui descartou que esquis tenham sido a causa, e garantiu que estação de Méribel respeitou normas de marcação de pista


	Michael Schumacher esquiando: alemão segue hospitalizado em Grenoble em estado crítico, mas estável
 (REUTERS)

Michael Schumacher esquiando: alemão segue hospitalizado em Grenoble em estado crítico, mas estável (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 12h48.

Albertville - A investigação sobre o acidente de esqui sofrido no dia 29 de dezembro pelo campeão de Fórmula 1 Michael Schumacher, hospitalizado em coma desde então, descartou nesta quarta-feira que os esquis tenham sido a causa do mesmo, e garantiu que a estação de Méribel respeitou as normas de marcação da pista.

As exigências de marcação da pista foram respeitadas pela estação de Méribel, nos Alpes Franceses, onde ocorreu o acidente, indicou o procurador francês de Albertville, Patrick Quincy, em uma coletiva de imprensa.

Os esquis utilizados por Schumacher "não são a causa do acidente", declarou Stéphane Bozon, comandante da unidade da gendarmaria francesa a cargo da investigação.

O estado dos esquis e a marcação das pistas são essenciais para estabelecer eventuais responsabilidades no acidente.

O piloto alemão, de 45 anos, segue hospitalizado em Grenoble em estado crítico, mas estável, segundo os médicos.

Michael Schumacher escolheu deliberadamente ir esquiar na zona fora da pista, onde sofreu o acidente, declarou o procurador Patrick Quincy.

A investigação judicial avançou bem, declarou o procurador aos jornalistas. A mesma se apoia em testemunhos de especialistas e exploradores da estação de esqui, dos profissionais que alugam o material e de testemunhas do acidente, assim como da perícia do material utilizado por Schumacher e das imagens filmadas pela câmera que o campeão de F-1 alemão levava afixada no capacete.

Este vídeo não mostra que Schumacher tenha saído da pista marcada para ajudar um amigo que havia caído, como pessoas próximas ao piloto declararam a meios de comunicação. Nas imagens ele não é visto socorrendo ninguém, e não há nenhum elemento no procedimento que ateste tal fato, declarou o procurador.

Em resposta a uma pergunta, o procurador indicou que, embora a regulamentação em vigor sobre a marcação das pistas tenha sido respeitada pela estação, o assunto da "pista de fato" será levantado e examinado.


"'A pista de fato' é um argumento jurídico que converteria a zona do acidente em 'falsa fora de pista'", o que poderia ter levado Schumacher a se equivocar.

Schumacher, um esquiador muito bom, deslizava "a uma velocidade totalmente normal neste tipo de terreno", repetindo os pequenos giros para controlar o ritmo, indicou Bozon.

Mas Quincy apontou que a velocidade na qual esquiava "não é um elemento particularmente importante" para os investigadores.

Efetivamente, o comportamento do piloto só será examinado em um caso: se for reconhecida a responsabilidade da estação por um problema de falta de marcação, a fim de estabelecer se um erro da vítima exime a empresa parcial ou totalmente desta responsabilidade.

Michael Schumacher bateu violentamente a cabeça contra uma pedra situada a oito metros da pista vermelha. Os médicos estimaram que a colisão sofrida na cabeça depois da quebra de seu capacete ocorreu em uma velocidade elevada.

Por sua vez, o procurador disse que não lhe foi apresentado o testemunho de um alemão que afirmou à revista Der Spiegel que havia filmado por acaso Schumacher no momento do acidente.

Tomando a palavra pela primeira vez desde a tragédia, a esposa do piloto, Corinna Schumacher, fez na terça-feira um apelo aos jornalistas, que na semana passada se dirigiram em grande número a Grenoble.

"É importante ter consideração pelos médicos do hospital a fim de que possam trabalhar em paz".

"Por favor, também deixem a nossa família tranquila", escreveu Corinna Schumacher em um comunicado dirigido à imprensa.

"Peço que tenham confiança nas declarações dos médicos e saiam do hospital", reiterou.

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