Banhistas lotam a praia de Levante da cidade turística de Benidorm, na Espanha (AFP/AFP)
AFP
Publicado em 11 de outubro de 2022 às 09h32.
A Espanha viveu um "grande verão" para o turismo, com mais lucros do que antes da pandemia, afirmou nesta terça-feira (11) a associação de empregadores da Exceltur, que, no entanto, alertou que a inflação reduziu as suas margens e poderá desacelerar a atividade turística para o resto do ano.
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"Um grande verão de 2022 se encerrou em termos de receitas - mas não de margens e resultados de negócios - na maioria dos destinos espanhóis, superando as de 2019", o ano anterior à pandemia de covid-19, indicou a Exceltur em comunicado.
A recuperação do setor foi tanta que o turismo foi "o suporte da economia espanhola no terceiro trimestre", representando "72,2% do crescimento do PIB espanhol" no período, disse a associação.
Um resultado que confirma os dados divulgados há uma semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que mostravam que o número de turistas estrangeiros disparou no verão passado, para 17,9 milhões, ainda que não tenha sido atingido o valor pré-pandemia (20 milhões).
De acordo com a Exceltur, os setores mais favorecidos pela recuperação, principalmente em resultado da "demanda retida durante os anos da pandemia", foram os hotéis, com mais 9,2% de lucros entre julho e setembro do que no mesmo período de 2019, atividades de lazer (+4,9%) e museus (+3,7%).
Quanto às regiões, neste país que antes da crise sanitária era o segundo destino turístico do mundo, as que mais sentiram a recuperação foram os arquipélagos populares das Ilhas Baleares (+10,1% face a 2019) e as Ilhas Canárias ( +8,7%), mas também zonas do interior, como La Rioja (+9,2%) ou Castilla y León (+5%).
Mas "o saldo dos resultados do negócio de turismo para o verão de 2022 foi mais uma vez prejudicado pelo forte aumento dos custos" em meio à escalada da inflação, disse a Exceltur.