Gabriel García Márquez: escritor revolucionou as letras hispânicas dando dimensão universal ao realismo mágico (Albert Gea/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2014 às 20h56.
Cidade do México - O escritor colombiano Gabriel García Márquez, criador do realismo mágico latino-americano com seu emblemático livro "Cem Anos de Solidão", morreu nesta quinta-feira na Cidade do México aos 87 anos, confirmou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.
García Márquez, Prêmio Nobel de Literatura em 1982, havia recebido alta recentemente de um hospital na Cidade do México, no qual permaneceu internado por uma semana devido a uma infecção pulmonar.
Mais cedo, uma jornalista próxima à família havia informado a morte do escritor. "Morre Gabriel García Márquez. Mercedes (sua mulher) e seus filhos, Rodrigo e Gonzalo, me autorizam a dar a informação", disse em sua conta no Twitter Fernanda Familiar, que ajudava o escritor na sua relação com a imprensa.
No dia de seu aniversário, em 6 de março, o autor de "Amor nos Tempos do Cólera" e "Crônica de uma Morte Anunciada" saiu à porta de sua residência em um luxuoso bairro ao sul da capital mexicana para agradecer às pessoas que foram cumprimentá-lo. Essa foi a última vez que foi visto em público.
García Márquez, que revolucionou as letras hispânicas dando dimensão universal ao realismo mágico, se somou à lista dos latino-americanos premiados com o Nobel de Literatura, ao lado dos chilenos Gabriela Mistral e Pablo Neruda e do guatemalteco Miguel Angel Asturias.
Ele é um dos literatos mais famosos, prolíficos e queridos da América Latina, que descreveu com uma pluma singular mesclando o cotidiano com o irreal.
Sua obra mais conhecida, "Cem Anos de Solidão", publicada em 1967, foi traduzida em dezenas de idiomas e é estudada em diversas universidades do mundo como um dos pilares do realismo mágico.