Futebol: velório de Maradona reuniu milhares de pessoas na Casa Rosada (RONALDO SCHEMIDT/AFP)
Matheus Doliveira
Publicado em 20 de maio de 2021 às 15h33.
Última atualização em 20 de maio de 2021 às 15h34.
A justiça argentina está acusando 7 profissionais da saúde que cuidaram do jogador de futebol Diego Maradona, que morreu aos 60 anos no último dia 25 de novembro, de "simples homicídio doloso".
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Segundo relatório que consta nas investigações da morte do jogador, "Maradona foi deixado à própria sorte" pela equipe médica que cuidou do craque em seus últimos dias de vida. Duas semanas antes de falecer, Maradona havia passado por uma cirurgia no cérebro.
Os 7 profissionais da saúde acusados são: Leopoldo Luque, neurocirurgião que operou o cérebro de Maradona; a psiquiatra Agustina Cosachov; o psicólogo Carlos Díaz; os enfermeiros Dahiana Madrid e Ricardo Almiron e os chefes de enfermagem Mariano Perroni e Nancy Forlini.
Ainda em novembro, o neurocirurgião de Maradona se apresentou voluntariamente à justiça argentina. Na época, ele ainda não era acusado de nenhum crime. Mesmo assim, a polícia chegou a periciar a casa do médico.
O relatório de 70 páginas também diz que Maradona ficou gravemente doente cerca de 12 horas antes de sua morte, período durante no qual ele "não foi devidamente monitorado" pela equipe médica. Em fevereiro, um áudio de uma ligação feita no dia da morte de Maradona mostrou Leopoldo Luque descrevendo o craque como um "gordo" que iria "se matar".
Por anos a fio, Maradona lutou contra seu vício em álcool e drogas, mas o relatório toxicológico apontou que o jogador não tinha as substâncias na corrente sanguínea quando faleceu.
A autópsia feita no corpo de Maradona indicou que o jogador morreu durante o sono, após sofrer um edema agudo de pulmão. O advogado que representa Diego Fernando, filho mais novo de Maradona, diz que a família acredita que a morte poderia ter sido evitada.