Com foco na sustentabilidade das finanças a longo prazo, Concha y Toro mudou estratégia de atuação (Concha y Toro/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 7 de setembro de 2022 às 09h00.
É verdade que a Concha y Toro já é a terceira maior produtora de vinhos do mundo e, somente nos seis primeiros meses deste ano, teve crescimento de 7% nas vendas – enquanto metade da receita veio de marcas premium, que venderam 9,2% mais no período. E, neste cenário positivo, a empresa anunciou investimento equivalente a 469 milhões de reais em vinícolas e centros de produção.
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“Em 2022, tivemos um ambiente produtivo e macroeconômico global altamente complexo e incerto. Fomos desafiados a adaptar a empresa e responder aos novos conceitos logísticos e comerciais para gerar valor de modo sustentável a longo prazo. Mas, apesar disso, nossa convicção nos fundamentos sólidos da estratégia e da empresa continuam intactos”, diz Eduardo Guilisasti, CEO da holding.
Entre os planos adotados nos últimos meses, a Concha y Toro aumentou preços de todo o portfólio, o que – junto com o efeito cambial favorável – garantiu aumento de receita, mesmo com a queda de 9,7% do volume de venda. No caso das marcas das categorias principal e intermediária, os rótulos ficaram 4,8% mais caros, enquanto o volume caiu 11,4%. Para a empresa, o foco é rentabilizar.
Com 12.313 hectares de vinhedos plantados nos melhores vales de Chile, Argentina e EUA, a Concha y Toro tem 13 escritórios nos principais mercados globais, além de vender para 130 países. Nos dias atuais, o Reino Unido responde por 24,5% das vendas; seguido por EUA, com 15,4%; e Chile; 14,6%. Logo em seguida aparecem Brasil e México, com 9,2% e 4,6% de todo volume, respectivamente.