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Elton John: mundo precisa de mais amor para acabar com Aids

"Precisamos de um pouco mais do que dinheiro. Precisamos de um pouco mais do que Medicina. Precisamos de amor", declarou John

O cantor britânico Elton John discursa na conferência: a vergonha e o estigma estão "matando as pessoas em todo o mundo agora mesmo", afirmou (©AFP/Getty Images / Alex Wong)

O cantor britânico Elton John discursa na conferência: a vergonha e o estigma estão "matando as pessoas em todo o mundo agora mesmo", afirmou (©AFP/Getty Images / Alex Wong)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 18h29.

Washington - O cantor britânico Elton John afirmou nesta segunda-feira que o mundo precisa de mais amor para acabar com a Aids, uma pandemia que custou 30 milhões de vidas desde o seu surgimento, nos anos 1980.

"Precisamos de um pouco mais do que dinheiro. Precisamos de um pouco mais do que Medicina. Precisamos de amor", declarou John na XIX Conferência Internacional sobre a Aids, realizada esta semana em Washington, o maior evento de especialistas em HIV/Aids do mundo.

"Precisamos é de mais amor para os que estão vivos", afirmou, lembrando sua juventude como um homossexual viciado em drogas com dificuldades para ser aceito, e lamentando a discriminação que ainda existe com este grupo em muitas partes do mundo.

"Há algumas pessoas que olham os doentes e buscam razões para culpá-las", explicou, acrescentando que o medo do isolamento impede que as pessoas façam exames ou iniciem um tratamento.

A vergonha e o estigma estão "matando as pessoas em todo o mundo agora mesmo", afirmou.

O cantor saudou a iniciativa dos Estados Unidos de financiar programas de tratamento mundiais contra a doença, mas denunciou a sua incapacidade de conter uma epidemia aguda na capital americana, onde a taxa de transmissão entre homens negros está aumentando.

"Se este país quisesse acabar com a Aids em casa, poderia fazer isso num piscar de olhos", afirmou, recebendo aplausos.

A Conferência Internacional sobre a Aids é realizada a cada dois anos e voltou aos Estados Unidos pela primeira vez desde 1990, depois de o governo americano eliminou as restrições ao acesso ao país de pessoas soropositivas.

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