Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, demonstrou em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira confiança na conquista do título pela seleção do país, em jogo contra a Argentina, que acontecerá daqui três dias, no Maracanã, no Rio de Janeiro.
"É preciso tentar ganhar e minha previsão é: é possível", disse a líder, que é grande fã de futebol.
Merkel virá no sábado para o Brasil, com o presidente alemão, Joachim Gauck. Os dois estarão no Maracanã para acompanhar a decisão do torneio, marcada para às 16h (horário de Brasília), deste domingo.
Ontem, a dirigente havia sido contida ao comemorar a vitória dos tricampeões mundiais sobre o Brasil por 7 a 1, em jogo válido pelas semifinais.
"Acho que o jogo quase merece a classificação de histórico", afirmou.
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1. A rocha da Europa
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1/9 (Wikimedia Commons)
São Paulo - Quando você pensa na
Alemanha, adversária do Brasil na semifinal de hoje, provavelmente lembra da cerveja ou de como o país superou uma história turbulenta para se tornar a economia mais sólida da
Europa. Mas o país tem muitos outros aspectos interessantes, como a discrição de suas campanhas políticas e um forte investimento em energia limpa. Veja a seguir 7 coisas que a Alemanha tem e o Brasil não tem:
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2. Alta competitividade
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2/9 (Sean Gallup/Getty Images)
Incentivo à
inovação,
infraestrutura de primeira e
educação de qualidade fazem com que a Alemanha apareça sempre perto do topo nos rankings de competitividade mundiais. Na lista da escola IMD com a Fundação Dom Cabral, por exemplo,
o país aparece em 6º lugar, enquanto o Brasil amarga a 54ª posição.
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3. Uma lei de pureza da cerveja
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3/9 (Sean Gallup/Getty Images)
Em 1516, foi aprovada na Bavária uma lei determinando que a fabricação de
cerveja só poderia ser feita com 3 elementos:
água, lúpulo e cevada. A regulação continua valendo (com algumas modificações) e é elemento de orgulho para os produtores do mercado alemão de cerveja,
o maior do mundo.
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4. 20% de estrangeiros na população
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4/9 (Adam Berry/Getty Images)
Em 2011,
12% da população alemã havia nascido fora da
União Europeia e
9% adicionais vinham de outros países do bloco. Ou seja,
um em cada cinco habitantes do país não era de lá originalmente. Já no Brasil, a taxa de estrangeiros na população é bem mais baixa: 0,5%, ou
uma em cada 200 pessoas.
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5. Rodovias sem limite de velocidade
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5/9 (Dirk Vorderstraße/WikimediaCommons)
Em pouco mais da metade do sistema de rodovias federais da Alemanha, conhecido como Autobahn, não há nenhum limite de velocidade para carros - um caso único no mundo. A questão divide os alemães. Além da segurança, preocupa o fato de que as altas velocidades aumentam a emissão de gases estufa.
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6. Um único anúncio de TV por candidato
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6/9 (Fabrizio Bensch/Reuters)
Na Alemanha, cada partido faz um único anúncio (discreto) de 90 segundos para ser exibido por toda a campanha, o orçamento de cada lado fica na faixa dos US$ 30 milhões e a publicidade negativa é muito rara. Muito diferente do Brasil, onde campanhas de centenas de milhões de reais criam dezenas de filmes muitas vezes apelativos.
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7. Forte tradição filosófica
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7/9 (Hulton Archive/Getty Images)
Você não precisa entender nada de filosofia para reconhecer que poucos países do mundo contribuíram tanto como a Alemanha para a evolução do pensamento ocidental. Basta uma lista de nomes: Friedrich Nietzsche, Arthur Schopenhauer, Immanuel Kant, Karl Marx, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Theodor Adorno, Jürgen Habermas e tantos mais.
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8. Destaque em energia solar
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8/9 (Sean Gallup/Getty Images)
Até pouquíssimo tempo atrás, a Alemanha era a
líder mundial em energia solar. Acabou atropelada pela
China, mas sua capacidade instalada continua invejável e chega a produzir
metade da demanda de eletricidade do país em determinados picos. O Brasil tem vários projetos no setor, mas ainda não o suficiente para se registrar como destaque.
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9/9 (Paulo Fridman/EXAME.com)