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É melhor comer chocolate do que algumas barras de cereais

A nutricionista Thália de Paula afirma que as barras de cereais industrializadas podem ser as grandes vilãs de uma dieta saudável


	Barrinha: "as barras de chocolate são uma desculpa para comermos doce"
 (Thinkstock)

Barrinha: "as barras de chocolate são uma desculpa para comermos doce" (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 10h07.

São Paulo – Sim, o que você leu no título dessa matéria está correto. Pelo menos, é o que afirma Thália de Paula, nutricionista formada pela Universidade de São Paulo (USP). “Às vezes, é melhor comer um chocolate que você gosta de maneira adequada do que comer uma barrinha de cereal, que nem é tão gostosa.”

A explicação para essa afirmação é simples: as barras que levam chocolate, açúcar refinado, gordura hidrolisada e xarope de glicose na composição oferecem uma quantidade baixa de fibras – um carboidrato que melhora o trânsito intestinal e o colesterol, diminui a carga glicêmica e aumenta a saciedade.

“Existe uma tendência de que não se deve comer carboidrato quando se quer emagrecer. Na realidade, se você não ingerir, vai perder peso, mas não vai perder massa gorda”, explica de Paula. Desse modo, não adianta comer várias barras de cereal cobertas de chocolate e mel todos os dias com o objetivo de emagrecer. “É apenas uma desculpa para comer doce”, diz.

De acordo com a nutricionista, não são apenas as barras de cereal citadas que podem ser vilãs de uma dieta. “Não existe uma barrinha totalmente boa e nem uma totalmente ruim”, conta.

Ela explica que a melhor maneira de descobrir qual produto é mais saudável é comparando as tabelas nutricionais de cada um. “Uma barra de cereal de 30 gramas precisa ter entre 1,5 a 2 gramas de fibra, por exemplo”, diz. 

Antigas opções

“É possível ser saudável consumindo todos os tipos de alimentos”, afirma de Paula. Segundo ela, a ideia de que é bom proibir, descartar ou eliminar certas comidas está totalmente errada.

Para a nutricionista, cada indivíduo tem rotinas e disponibilidades financeiras diferentes, portanto, não existe uma alimentação padrão. “É importante que a população em geral desenvolva um raciocínio alimentar direcionado à comida e não ao nutriente”, aponta.

Ela explica que, hoje em dia, é muito comum que o paciente chegue ao consultório mais preocupado com a quantidade de carboidratos que deve ingerir por dia do que com a qualidade da alimentação que consome. Assim, “as chances de as pessoas escolherem produtos alimentícios travestidos de comidas ‘saudáveis’ são enormes”, conta.

Por isso, a dica da nutricionista é substituir as barras industrializadas por frutas, castanhas, iogurtes, aveia e pães integrais. “São alimentos mais ricos e certamente muito mais gostosos”, finaliza.

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