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Dono dos Clippers diz que Magic Johnson não é bom exemplo

Multimilionário disse que Johnson não é bom exemplo para crianças de Los Angeles e que não considera que o ex-jogador tenha sido o que mais ajudou as minorias


	Clippers: chance de Sterling cotinuar dono do time está nas mãos dos outros 29 proprietários de times da NBA
 (Wikimedia Commons)

Clippers: chance de Sterling cotinuar dono do time está nas mãos dos outros 29 proprietários de times da NBA (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 20h24.

Redação Central - O dono do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, respondeu nesta segunda-feira às críticas que recebeu por parte do lendário Magic Johnson - pelos comentários racistas que fez contra negros - ao qualificá-lo como "um mal exemplo para as crianças".

Sterling, de 80 anos, banido pelo comissário da NBA, Adam Silver, além de multado em US$ 2,5 milhões, fez esses comentários contra Johnson na primeira entrevista pública sobre o episódio, e que deu à rede de televisão "CNN".

O multimilionário disse que Johnson não é um bom exemplo para as crianças de Los Angeles e que não considera que o ex-jogador tenha sido o que mais ajudou as minorias.

A "CNN" vai transmitir na integra a entrevista ao apresentador Anderson Cooper no horário nobre da TV americana. A emissora, que no domingo apresentou alguns trechos, revelou hoje mais um pouco dos comentários de Sterling, incluindo os relacionados a Johnson, que foi quem mais pediu que o dono dos Clippers fosse expulso da liga.

A namorada de Sterling, V. Stiviano, de origem hispânica, tinha publicado uma foto dela e de Johnson em sua conta no Instagram, e isso foi o que gerou a discussão entre ambos em uma conversa particular gravada de forma ilegal e depois oferecida a vários sites, que a revelaram.

Sterling pediu a ela que tirasse a foto da rede social e fez comentários racistas que provocaram fúria entre os jogadores da NBA e levaram à punição aplicada por Silver, que pretende que os outros donos de franquias o apóiem para obrigar o proprietário dos Clippers a vender a franquia.

Na entrevista à "CNN", Sterling afirmou que tinha falado com Johnson duas vezes desde que as gravações foram reveladas, e também foi questionado sobre se tinha pedido desculpas ao astro do Los Angeles Lakers.

"Se disse algo ruim, sinto muito", disse Sterling na entrevista à "CNN". "Ele é uma boa pessoa. O que posso dizer?", afirmou.

No entanto, Sterling também criticou Johnson ao questionar sua atuação em prol das minorias.

"Ele fez todo o possível para ajudar as minorias?, Não acho. Vou dizer, é alguém importante, mas não acredito que seja um bom exemplo para as crianças de Los Angeles", sentenciou Sterling.

Durante a entrevista à "CNN", Sterling também disse que Stiviano lhe fez uma armadilha para que ele tecesse os polêmicos comentários.

"Sim, mordi o anzol", admitiu Sterling à "CNN". "Não é minha maneira de falar. Não falo das pessoas. Falo de ideias e de outras coisas. Mas não das pessoas", justificou-se.

Sterling insiste que não é um racista e que seus comentários nessas gravações foram um "erro terrível".

"Sou uma boa pessoa que cometeu um erro", frisou Sterling. "Após 35 anos, não tenho direito a um erro? Eu amo a minha liga, meus sócios. Não posso me equivocar uma vez? É um erro terrível, e nunca ocorrerá de novo", acrescentou.

A chance de Sterling permanecer como dono dos Clippers está nas mãos dos outros 29 proprietários de times da NBA, e espera-se que eles votem sobre o caso em um futuro próximo.

É preciso que 75% deles votem contra Sterling para obrigá-lo a vender a franquia. Enquanto a votação não ocorre, a NBA já nomeou Dick Parsons, um executivo afro-americano, como a máxima autoridade da equipe californiana.

A situação de Sterling é ainda mais delicada pois Shelly, esposa do magnata, deve apresentar um processo de divórcio. Ela possui 50% das ações dos Clippers, e em uma entrevista concedida à rede de televisão "ABC", afirmou que quer ficar com a equipe, um objetivo pelo qual pretende lutar nos tribunais se necessário.

Já os jogadores da NBA, liderados pelo ala LeBron James, do Miami Heat, que se transformou no porta-voz que representa a categoria sobre o tema, reiterou no domingo que "nenhum membro da família Sterling tem que continuar dentro da NBA".

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