(Divulgação/Divulgação)
Editor de Casual e Especiais
Publicado em 15 de novembro de 2023 às 10h00.
Vestiu um paletó e a calça que lhe serve de par? Todo mundo vai dizer que você está trajando um terno — e não tem por que comprar briga com a fala informal. Só que o nome dessa dupla é costume. Um terno, na verdade, exige uma terceira peça, o colete. Cheio de personalidade, o acessório costuma elevar a autoestima de quem não está com o abdome em dia, além de conferir um ar mais formal ao conjunto. Não à toa, o terno — o verdadeiro — é a escolha mais indicada para noivos, padrinhos e situações mais formais. Versátil, o costume nunca destoa, mas se sobressai melhor em eventos mais despojados.
O que você deve saber antes de bater o martelo sobre o tecido de seu terno ou costume
1. Risca-de-giz
Quer alongar o visual? Aposte nesta opção. Para fugir do caricato, opte por modelos com riscas menos marcadas.
2. Chalk stripe
Versão mais discreta e descontraída do risca-de-giz, mantém as linhas verticais quase imperceptíveis.
3. Olho de perdiz
Os pequenos pontos brancos, espalhados num tecido preto, dão a impressão de que o tecido é cinza.
4. Príncipe de Gales
Clássico, não passa despercebido. É indicado para paletós com abotoamento simples ou duplo.
5. Window pane
Linhas fininhas formam quadrados discretos, que não destoam de eventos diurnos e despojados.
6. Espinha de peixe
A trama, que forma um discreto ziguezague, geralmente é feita de lã e na cor cinza.
Reparar na quantidade deles no paletó é uma boa dica para achar o modelo mais indicado para cada tipo de corpo
1. Um botão
Para quem não é muito alto, este tipo de paletó é o mais recomendado, pois a lapela dele alonga a silhueta. Abra-o quando estiver sentado.
2. Dois botões
Não se esqueça desta regra: só o primeiro botão fica fechado, o que deixa a região da barriga ligeiramente em destaque. Por isso, acerte no tamanho.
3. Três botões
Em geral são vistos em paletós com lapela mais curta. Portanto, é uma opção mais indicada para pessoas mais altas. Deixe desabotoada só a casa de baixo.
4. Quatro botões
É uma exclusividade do colete, uma das três peças do terno. Se bem que dá para usar o acessório só com camisa e calça jeans. Deixe aberto o botão inferior.
5. Seis botões
Seja um paletó, seja um jaquetão, cai melhor em quem é magro, pois aumenta o volume. Para um charme extra, deixe aberto só o último botão da direita.
Como usá-las sem comprometer a elegância
Passo 1
Vire e puxe de uma só vez o punho da camisa até acima da dobra do cotovelo.
Passo 2
Faça duas ou três dobras de baixo para cima com o tecido restante, até que a última dobra cubra o punho.
Passo 3
Finalize deixando as pontas do punho à mostra. Atenção: não funciona com camisas muito justas.
O slim está ficando para trás
Dá para dizer que alguns homens não ficam bem de terno? Não. Provavelmente, eles só estão usando modelos com proporções erradas. No passado, era comum ver sujeitos com ternos enormes, que pareciam ter vida própria — os seriados antigos estão aí para provar. Em anos mais recentes, o slim imperou, às vezes com certo exagero.
A pandemia trouxe a importância do conforto para a moda, mesmo no caso dos trajes formais. Nas passarelas, a estética que está dominando agora é a de paletós mais relaxados, desconstruídos, com calças desabadas. Muita calma nessa hora. Lembre-se de que as semanas de moda apresentam conceitos que nem sempre se repetem de forma ipsis literis nas araras. Nem tanto ao céu nem tanto à Terra.
O paletó não precisa deixar você sem ar de tão apertado. A cartilha básica da alfaiataria prega que o comprimento das mangas deve estar dois dedos acima do polegar posicionado rente ao corpo, com os braços esticados. A calça também não precisa ser aquela que parece que vai rasgar quando você se senta. A barra deve estar dois dedos acima do salto do sapato. Essa regra não precisa ser seguida à risca, claro. O importante é se certificar de que, ao dobrar as pernas, só uma parte das meias ficará à mostra.
Todos esses detalhes podem ser ajustados durante a compra de um terno já pronto. Para evitar qualquer equívoco, o ideal é recorrer à alfaiataria sob medida, que entrega modelos ajustados em aproximadamente 90 dias.
Com versões variadas, ele deve sempre acabar na junção do braço com a mão
1. Longo chanfrado
Com recorte triangular nas pontas, é a opção mais comum das camisas usadas em festas.
2. Duplo
Geralmente é confeccionado sob medida, com a manga de uma cor; e a parte dobrada, de outra.
3. Simples
É a principal escolha para camisas do dia a dia. Geralmente carrega apenas um botão.
4. Duplo para abotoaduras
Também chamado de francês, este tipo de punho, o mais luxuoso, não dispensa abotoaduras.
Saiba como dobrar o lenço que vai no bolso do paletó, o pocket square
Para que serve o lenço que vai no bolso do paletó, o pocket square? Atualmente, para você se sobressair em meio a uma multidão de pessoas de terno ou de costume. Não é pouca coisa. Trata-se de um detalhe, seja de seda, seja de algodão, que muda tudo. Na hora de combinar, opte por tons contrastantes. Só não se esqueça de dobrá-lo corretamente.
Duas pontas
Popularizado pelo presidente americano John Kennedy, o modelo pede estampas e cores discretas — você não quer imitar o Rolando Lero.
Reto
Mais sofisticado e minimalista, remete aos anos 1960 e ao estilo discreto de James Bond, que jamais dispensa o acessório, sempre na cor branca.
O que muda de um paletó para outro? Principalmente as fendas e os bolsos
1. FENDA ÚNICA
É a que predomina no universo da alfaiataria. A abertura deve ter entre 17 e 22 centímetros.
2. FENDA DUPLA
Inglesa, esta opção deixa o paletó mais ajustado ao corpo, sobretudo na hora de sentar.
3. FLAP
Decorativa, a aba costurada ganhou muita popularidade. Lembre-se de deixá-la para fora.
4. TICKET
O charmoso bolso auxiliar foi criado pelos britânicos para guardar os bilhetes de trem.
5. BESOM
Discreto, é o bolso típico dos smokings, embora também combine com paletós em geral.
As traças são velhas inimigas da elegância: como você, elas têm um fraco por bons ternos e costumes. Para conservá-los, abandone aqueles invólucros de plástico, que impedem a ventilação e levam você a esquecer o que há lá dentro. O ideal é recorrer a um bom e velho cabide de cedro, que, além de não deformar seu investimento, repele as traças. Um saquinho de lavanda também é bem-vindo. Mas deixe-o fora dos bolsos, para não deformá-los com o passar do tempo. Outra dica é não deixar de levar o terno ou o costume, de tempos em tempos, à lavanderia.
1. Se estiver em pé, mantenha o paletó sempre abotoado — só o último botão fica aberto. Ao sentar, abra todos.
2. Evite carregar molho de chaves e carteira volumosa nos bolsos, seja da calça, seja do paletó, pois desconjuntam o todo.
3. Certifique-se, antes de sair de casa, de que dá para abotoar a peça sem contrair a barriga.
4. Leve periodicamente o conjunto à lavanderia, principalmente se você for do tipo que sua muito.
Chega de dúvidas na hora de combinar o costume com a meia e o sapato
Conheça as diferenças entre as lapelas mais conhecidas
1. Lapela alta
Comum nos modelos tradicionais, atrai os olhares para a parte de cima. O único porém: achata um pouco o tronco.
2. Lapela alongada
Funciona melhor em paletós mais ajustados e na companhia de uma gravata estreita. Sim, alonga um pouco o tronco.
3. Lapela com pontas
Para quem gosta de se destacar, é a melhor escolha. As pontas fazem com que a lapela vire o foco das atenções.
Saiba qual é o mais indicado para cada tipo de gravata
1. Curto
O mais contemporâneo de todos, é o recomendado para combinar com gravatas estreitas e paletós e camisas slim.
2. Francês
É o mais tradicional e o único que se dá bem com todos os tipos de nó de gravata, além de qualquer formato de rosto.
3. Inglês
Repare nas pontas alongadas, que permitem nós de gravata mais encorpados e suavizam rostos mais redondos.
4. Italiano
Seu diferencial são as pontas abertas, que também combinam com nós volumosos, como o Windsor ou o duplo.
5. Americano
É o que tem botões nas pontas (sim, é para fechá-los). Mais informal, dispensa a gravata e pede até chinelo e bermuda.
Entenda as diferenças entre os tecidos das camisas
1. Algodão
A qualidade do tecido, natural, está diretamente ligada ao conforto e à durabilidade das roupas.
2. Cambraia
Sinônimo de camisas jeans, destaca-se pela boa maleabilidade, ótimo caimento e diversidade de lavagens.
3. Linho
Leve, é um convite para situações festivas a céu aberto. Lembre-se de que os amassados são parte do charme.
Escolha a padronagem que mais combina com seu estilo
1. Quadriculado
Virou sinônimo dos executivos europeus. Os mais ousados combinam este padrão com gravatas estampadas.
1. Listras
Quanto mais finas e discretas, mais sóbria e social é a camisa. Listras mais grossas pedem momentos de lazer.
1. Maquinetado
A junção de tons suaves com o relevo desta padronagem envolvente confere uma textura extra.
1. Espinha de peixe
Também chamado de falso liso, provoca um efeito cinético. Evite usar em chamadas de vídeo.
1. Diagonal
Outro modelo que cria uma ilusão de ótica, com a vantagem de favorecer quem está fora de forma.
1. Oxfordine
Sim, é uma opção que esquenta um pouco, embora menos do que padronagens similares, mais invernais.
Eis um passo a passo que sempre vale a pena consultar novamente
1. Nó simples
Ideal para gravatas fininhas, é o mais recomendado para golas básicas e curtas, o mais fácil de fazer e o mais indicado para quem está com pressa.
2. Nó duplo
Já domina o nó simples? O duplo fica ligeiramente torto e, obviamente, mais volumoso. Boa pedida para gravatas com pouca estrutura.
3. Nó windsor
Confere um quê de poder graças à robustez. Seu par ideal é o colarinho italiano, cujas pontas são abertas.
Errar na escolha da padronagem da gravata pode comprometer o look por completo
1. Falso liso
Só chegando bem perto para constatar que esta opção esconde uma estampa discreta e envolvente.
2. Regimental
Remete à Inglaterra e a colégios seculares. Para fugir do ar careta, combine com um costume mais arrojado.
3. College
Outra padronagem que sempre será associada às escolas britânicas e a visuais mais sisudos.
4. Poá
Os pontinhos, clássicos, combinam facilmente com a maioria das camisas e trazem um ar bem-humorado.
5. Pasley ou cashmere
Criada no século 19, teve seu auge nos anos 1930 e voltou a fazer sucesso. Favorece combinações marcantes.
6. Micropadrão
É uma das alternativas mais fáceis de combinar, graças às estampas discretas e aos tons geralmente neutros.
Escolhida a padronagem da gravata, é preciso bater o martelo no tecido certo
1. Seda
O caimento é inigualável, sobretudo em se tratando de um tecido italiano.
2. Crochê
Ícone dos anos 1960, voltou com tudo, e não só nas festas à fantasia.
3. Algodão
Informal, é usado na confecção de uma grande variedade de padronagens.
4. Lã
Sua textura torna a opção pouco recomendada para épocas quentes.
5. Linho
Alternativa bem casual, é ideal para eventos descontraídos.
6. Jacquard
Com tramas entrelaçadas, tem textura, volume e presença.
Acertar no dress code exigido em cada tipo de situação evita constrangimentos
1. ESPORTE
É sinônimo de evento casual, mas não tanto. Para começo de conversa, demanda uma calça jeans ou chino. E precisa ser camisa mesmo, que pode ser combinada com cardigã ou blazer (nada de camiseta). A gravata é opcional, até dispensável. Nos pés, sapatos.
2. ESPORTE FINO
Também é chamado de traje de passeio. No caso de eventos diurnos, um blazer azul-marinho, calça chino cáqui e sapatos marrons dão conta do recado. Para situações noturnas, o ideal é apelar ao costume e à gravata.
3. SOCIAL
Terno ou costume com camisa, gravata e sapato. Eis o que este dress code, também conhecido como passeio completo, espera. Acessórios como lenço, relógio e abotoaduras vão ajudá-lo a se destacar entre os convidados.
4. BLACK TIE
Sim, você vai precisar de um smoking, de uma camisa específica para combinar com o traje e de gravata-borboleta. Se for seguir o que manda o figurino, precisará ainda de uma faixa para usar na cintura e de calça com cetim na lateral.
O que difere um sapato de outro e quando é melhor usar cada um
1. CHUKKA BOOT
Feita de couro ou camurça, tem cano médio e solado de madeira. Puro despojamento. Para passeios de verão. (Chukka boot John John)
2. OXFORD
De amarrar, sem abas e com bico arredondado, é o mais formal de todos. Para casamentos e festas refinadas. (Oxford 2Essential)
3. MOCASSIM
É o preferido para usar com a barra da calça mais curta e até com bermuda, sem meia. Para a beira da praia. (Mocassim Fratelli Rossetti)
4. MONK STRAP
É aquele modelo com uma ou duas fivelas e com aba que cruza o peito do pé. Para encontros despojados. (Monk Strap Louie)
5. DESERT BOOT
Variação da chukka, tem solado de borracha crepe, ondulada e áspera. Para caminhadas no campo. (Desert boot Tod’s)
6. BROGUE
Com versões mais formais e outras mais casuais, caracteriza-se pelos furinhos. Atende a situações diversas. (Brogue Louie)
7. CHELSEA BOOT
Eternizado pelos Beatles, este curinga carrega inconfundíveis elásticos laterais. Para happy hours e festas. (Bota chelsea Louie)
8. DERBY
É um oxford repaginado, bem mais informal. Tem abas laterais soltas e bico arredondado. Para festas de amigos. (Derby 2Essential)
9. BOTA SOCIAL
Com cano médio e corpo fino, combina com ternos e qualquer situação formal. Para eventos corporativos e premiações. (Bota social Armani Exchange)
De que adianta vestir um belo sapato se ele estiver sujo ou malconservado? Modelos mais delicados não podem ser esquecidos no armário — deixe-os ao sol com alguma frequência — nem devem ser usados dois dias seguidos. A limpeza deve ser feita só com um pano úmido, nunca com água ou produto químico. Lustre-os com o material apropriado, mas só esporadicamente, quando o brilho do couro estiver comprometido — utilize uma escova com cerdas macias. Uma hidratação mensal também é recomendada. Um modelador, aquele acessório rígido colocado dentro dos calçados, ajuda a mantê-los com a forma original por muito mais tempo. Outra dica é sempre utilizar uma calçadeira, para não danificar a parte traseira dos sapatos. E olhe sempre por onde pisa, para evitar poças d’água, que danificam o couro, e outros obstáculos indesejáveis.