Vibra!: o cultivo das uvas e produção da bebida final é feita pela vinícola Góes. (Evino/Divulgação)
Matheus Doliveira
Publicado em 11 de setembro de 2020 às 14h27.
Última atualização em 11 de setembro de 2020 às 18h01.
O negócio da Evino, um dos maiores e-commerces de vinho do Brasil, sempre foi selecionar e revender marcas que já estão no mercado. Agora, no entanto, a marca que é também dona de um dos maiores clubes de vinho do país está reforçando sua presença nas vinícolas com o lançamento da Vibra!, sua primeira linha própria de vinhos.
Para sua estreia como produtora, a Evino está apostando no vinho em lata, que terá quatro diferentes tipos: tinto, rosé, branco e espumante. As embalagens de 269 ml estarão disponíveis no site da marca a partir de 12 de setembro e serão vendidas por 12,90 reais a unidade. “Vimos a oportunidade de trazer essa criação exclusiva para nosso portfólio devido ao ótimo resultado que tivemos quanto à aceitação de vinhos brasileiros pelos nossos consumidores nos últimos meses”, afirma Eduardo Souza, diretor de marketing da Evino.
Com cores vibrantes, o design das latas Vibra! foi inspirado em diferentes referências brasileiras, desde a fauna e flora até marcos turísticos, como o calçadão de Copacabana. A nova marca é voltada para um público mais jovem, e a aposta da Evino é popularizar o consumo dos vinhos em lata, que passou a ser comercializado no Brasil há pouco tempo, mas que já faz muito sucesso lá fora. “O vinho em lata já é uma tendência no mundo, principalmente na Europa, e aqui temos o clima propício para o seu consumo. A praticidade e proposta da lata é ser uma bebida descompromissada para que as pessoas aproveitem o momento”, diz Eduardo.
Com o mesmo método usado na criação de vinhos finos, privilegiando o uso de tanques em aço inox para manter o caráter frutado e fresco dos líquidos, o cultivo das uvas e produção dos vinhos Vibra! será terceirizado para a vinícola Góes, fundada em 1938.
Para a produção dos quatro rótulos, são utilizadas as uvas Cabernet Sauvignon (tinto), Lorena (branco), Prosecco (espumante). Já a versão rosé utiliza uma mistura de uvas.
Desde que os vinhos em lata começaram a desembarcar no Brasil, houve um aumento significativo no número de marcas que tentam emplacar seus próprios rótulos em embalagens de alumínio, oferecendo alternativas mais práticas para tentar aumentar o consumo de vinho entre os brasileiros e fisgar os mais jovens, que não costumam ter o vinho entre suas bebidas prediletas.
Para popularizar a bebida, inúmeras marcas começam a apostar no lançamento de rótulos mais modernos, parcerias patrocinadas com influenciadores digitais e presença em eventos descontraídos voltados para os que ainda não chegaram na casa do 30 anos.
A justificativa? Para além da idade, o consumo de vinho no Brasil é irrisório se comparado a outros países. De acordo com os dados mais recentes da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, o consumo per capita de vinho pelo brasileiro varia de 2 a 3 litros (menos de três garrafas) por ano. O topo do ranking é ocupado por Portugal, com 54 litros por habitante, seguido da França (51,8 litros) e da Itália (41,5 litros).