Marvel contra homofobia: estúdios afirmam que não permanecerão em qualquer lugar em que práticas discriminatórias sejam incorporadas por leis (Divulgação/CCSP)
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2016 às 21h05.
Última atualização em 9 de novembro de 2018 às 16h12.
São Paulo - Os estúdios Disney e Marvel estão realmente engajados no tema diversidade. Além de mostrar isso em filmes, as gigantes do entretenimento tomaram, recentemente, uma forte atitude política fora deles.
No estado da Geórgia, nos Estados Unidos, uma lei que pode dificultar, e muito, a vida de casais LGBT está em via de ser aprovada pelo governador republicano Nathan Deal. As informações são da Variety.
Baseando-se no princípio da liberdade religiosa, a First Amendment Defense Act (FADA, na sigla em inglês) daria proteção a empresas e entidades religiosas que se recusarem a contratar pessoas da comunidade LGBT.
Na prática, a lei burlaria a legalidade do casamento igualitário já aprovada em todos os EUA.
O deputado Raul Labrador (Idaho) e senador Mike Lee (Utah), ambos republicanos, são os responsáveis pela FADA, que está em nova versão após ser apresentada pela primeira vez em junho de 2015.
A Disney e sua subsidiária Marvel disseram à Variety nesta quarta-feira (23) que ambas "são companhias inclusivas, e embora tenham tido ótimas experiências filmando na Georgia, planejamos levar nossos negócios para outro lugar" se a lei for aprovada.
Os estúdios afirmam que não permanecerão em qualquer lugar em que práticas discriminatórias sejam incorporadas por leis estaduais.
Motion Picture Association of America (MPAA), a associação de vários grandes estúdios de cinema do país, também se posicionou contra a FADA. Em fevereiro, 400 organizações da Georgia se uniram em uma coalização contra a lei republicana.
Leis de incentivo da Georgia fizeram do estado um local procurado por estúdios que querem filmar suas produções. É onde se localiza o Pinewood Studios, onde a Marvel rodou os inéditos Capitão América: Guerra Civil e Guardiões da Galáxia Vol. 2.