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Dicas de alimentos saudáveis em praias e piscinas

O ideal é consumir alimentos leves, de fácil digestão e que ajudem na reposição de água e sais minerais perdidos na transpiração em praias e piscinas

Cuidados com a alimentação devem ser reforçados: nessa época são registrados um aumento de 20% no número de atendimentos em pronto-socorros por causa dos alimentos (Dan Jaeger Vendruscolo/SXC)

Cuidados com a alimentação devem ser reforçados: nessa época são registrados um aumento de 20% no número de atendimentos em pronto-socorros por causa dos alimentos (Dan Jaeger Vendruscolo/SXC)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 13h48.

São Paulo - Com a chegada das férias coletivas, recesso e comemorações de final de ano muitas pessoas tiram esses dias de descanso para viajar às praias, campos e clubes. Porém, para curtir o verão sem riscos à saúde, adultos, jovens e crianças não devem se descuidar da alimentação. Nessa época do ano são registrados em média um aumento de 20% no número de atendimentos em pronto-socorros e hospitais do Brasil devido a intoxicações alimentares e ingestão de alimentos mal armazenados e estragados que causam vômitos, diarréia, desidratação, mal-estar, entre outros malefícios.

É nesse sentido que os cuidados com a alimentação devem ser reforçados para que não haja a ingestão de alimentos contaminados e que trazem riscos à saúde. É por meio de práticas simples e um controle adequado da ingestão dos alimentos que podemos evitar problemas gastrointestinais, infecções e intoxicações alimentares.

“É comum que em praias e clubes o acesso a alimentos gordurosos como frituras e porções seja mais fácil. Isso torna esses alimentos como um dos mais consumidos no verão, porém, a forma de armazenagem, higiene, odor e sabor do alimento devem ser observados para evitar problemas gastrointestinais. Frituras, alimentos gordurosos, bebidas alcoólicas e doces devem ser evitados e substituídos por alimentos saudáveis como lanches naturais, água de coco, sucos, água, frutas etc”, explica Camila Marcucci Gracia, nutricionista do Clinic Check-up do HCor – Hospital do Coração.

Os cuidados com a comida fora de casa precisam ter atenção redobrada no verão. É importante verificar a higiene e limpeza dos carrinhos, isopores, utensílios, bem como a forma de armazenamento dos produtos que são vendidos nas praias, além do uso de luvas e roupas adequadas para o manuseio seguro dos alimentos.

Segundo a nutricionista do HCor o ideal é consumir alimentos leves, de fácil digestão e que ajudem na reposição de água e sais minerais perdidos na transpiração em praias e piscinas. “Sempre vale a pena levar água, sucos, frutas, lanches e biscoitos para praias ou clubes, especialmente com crianças. Além da economia você garante a procedência e higiene dos alimentos”, alerta a especialista.


Já no caso das crianças, em que os pais possuem uma certa dificuldade para inserir alimentos saudáveis nesses ambientes, o ideal é negociar um limite diário para o consumo de alimentos calóricos, ricos em gordura e açúcar. “Os pais podem estipular a ingestão de um sorvete por dia. O ideal é não deixar as crianças comerem apenas petiscos e oferecer bastante água, frutas picadas, bolachas simples e lanches para que a alimentação fique mais equilibrada. Antes de ir à praia prepare um café da manhã completo para as crianças, com leite, frutas, queijo, pães e faça ao menos uma refeição completa ao dia com arroz e feijão, carne magra, salada, verduras e legumes refogados e fruta”, completa a especialista.

Dicas úteis para o consumo de alimentos em praias e clubes durante o verão:

Praias: primeiro verifique a temperatura dos alimentos – alimentos gelados devem estar gelados e, os que passaram por processo de cozimento devem estar inteiramente cozidos, sem pedaços crus. Verifique o cheiro e o gosto. Na dúvida, não coma. No caso de frituras como pastéis, churros e porções verifique como são armazenados os ingredientes desses alimentos e se os mesmos estão com boa aparência e odor adequados;

Clubes: em clubes há a possibilidade de se realizar uma refeição mais equilibrada no almoço, pois muitos servem refeições. E, para as porções e afins valem as mesmas recomendações da praia;

Sanduíche natural: é uma boa opção, mas verifique se ele é mesmo um sanduíche natural. Não tem sanduíche natural de salame com queijo. O sanduíche natural precisa ter coisas leves, como queijo branco, peito de peru, atum, frango e vegetais, como alface, cenoura, tomate etc. A maionese até pode ser colocada, mas tome o cuidado de verificar se o sanduíche está adequadamente refrigerado, embalado e fresco (dentro do prazo de validade);

Sucos de frutas: são boas opções, especialmente para as crianças, em substituição ao refrigerante. Porém de qualquer forma deve ser intercalado com o consumo de água.


Amendoim: o amendoim e demais castanhas são alimentos que podem ser consumidos com moderação. Prefira os assados aos fritos (leia na embalagem) e coma com moderação. Embora saudáveis são calóricos e em excesso levam ao ganho de peso;

Água de côco: pode ser tomada sem medo. Essa bebida é um excelente hidratante, rico em vitaminas e em sais minerais. Só verifique a higiene do carrinho;

Sorvete: existem diversos tipos de sorvete. Para a praia o ideal são picolés de frutas à base de água, que são mais leves, hidratantes e menos calóricos do que os picolés à base de leite ou com chocolate;

Milho cozido: o milho cozido é uma fonte de carboidratos, como o arroz, pães e batata. Não há uma contra-indicação ao seu consumo, mas como qualquer alimento rico em fibra deve ser muito bem mastigado. Além disso, verifique a higiene e limpeza do vendedor e do carrinho;

Raspadinha: a raspadinha é um gelo triturado com xarope de groselha, guaraná ou outro sabor. O xarope contém muito açúcar e corantes. Além disso, deve-se sempre checar a procedência do gelo. A água contaminada pode ser uma fonte de microorganismos que podem causar problemas intestinais;

Pastéis: frituras devem ser evitadas. São de difícil digestão e contém elevado valor calórico devido à quantidade de gordura. Outro problema é a qualidade do óleo usado na fritura. Normalmente fritam-se todos os alimentos no mesmo óleo e nem sempre ele é trocado com a devida frequência. Melhor evitar.

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