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DiCaprio e ex-porta-voz de Putin competem no Oscar

Ator e o ex-assessor sênior de Vladimir Putin vão disputar a categoria de melhor documentário

Críticos apostam em "The Ivory Game", de DiCaprio, sobre o comércio ilegal de marfim na África, para o Oscar na categoria de Melhor Documentário (Getty Images)

Críticos apostam em "The Ivory Game", de DiCaprio, sobre o comércio ilegal de marfim na África, para o Oscar na categoria de Melhor Documentário (Getty Images)

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Reuters

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 11h07.

Última atualização em 7 de dezembro de 2016 às 11h07.

Paris - O galã de Hollywood e ativista do meio ambiente Leonardo DiCaprio está competindo por outro Oscar com um improvável rival: um ex-assessor sênior do presidente russo, Vladimir Putin.

Críticos apostam em "The Ivory Game", de DiCaprio, sobre o comércio ilegal de marfim na África, para o Oscar na categoria de Melhor Documentário, junto com um filme sobre o mesmo tema de Sergey Yastrzhembsky, mais conhecido porta-voz do Kremlin no Ocidente por mais de uma década.

O ex-diplomata de cabelos grisalhos passou a maior parte de sua vida profissional desviando críticas da mídia como porta-voz de Putin na Chechênia e enviado especial a Bruxelas, e antes, como porta-voz do Kremlin sob o falecido Boris Yeltsin.

Agora Yastrzhembsky está tentando causar uma agitação com "Ivory - A Crime Story", que nomeia e acusa os maiores compradores de marfim no mundo, como a China, o Vaticano e monges budistas na Tailândia.

Ele destaca como a população de elefantes na África caiu de 1,5 milhão para menos de 500 mil nos últimos 30 anos e que a cada 15 minutos um elefante é abatido por caçadores em busca de marfim. O preço do marfim subiu para 3 mil dólares o quilo, comparado a 6 dólares 35 anos atrás, de acordo com o documentário.

Se nada for feito, conservacionistas dizem que os elefantes africanos podem ser extintos na natureza dentro de uma geração.

"Nós podemos apenas esperar que esse filme fará o mundo prestar mais atenção a esta triste situação dos elefantes na África", disse Yastrzhembsky à Reuters em entrevista em Paris.

Seu documentário, que levou três anos e custou 1 milhão de dólares para ser realizado, venceu prêmios neste ano nos festivais de cinema de Montreal, Roma e Nova York. Cenas fortes incluem a de um elefante sendo morto e depois gemendo ao ser cortado em pedaços pelos caçadores.

Yastrzhembsky afirmou que o Papa Francisco viu uma versão mais curta de seu filme antes de falar publicamente em Nairóbi contra a caça ilegal de marfim no Quênia.

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