Casual

Dia Nacional do Café: dicas e métodos de extração para a xícara perfeita

Chemex, prensa francesa, sifão ou hario? Baristas explicam os diferentes métodos de extração de café e como fazer a bebida perfeita

Dentre as sugestões de café para o uso está o blend do Gourmet Dark Roast 100% arábica, da Três Corações (Stefania Pelfini, La Waziya Photography/Getty Images)

Dentre as sugestões de café para o uso está o blend do Gourmet Dark Roast 100% arábica, da Três Corações (Stefania Pelfini, La Waziya Photography/Getty Images)

JS

Julia Storch

Publicado em 24 de maio de 2022 às 16h19.

Última atualização em 24 de maio de 2022 às 16h32.

Um dos maiores produtores de café do mundo, o Brasil é responsável por um terço da produção global, e a bebida, que faz parte do dia a dia dos brasileiros, também pode ser utilizada em sobremesas e drinques. Para o Dia Nacional do Café, comemorado hoje, 24, Casual EXAME conversou com baristas para entender os diferentes métodos de extração da bebida, além de dicas para o café coado perfeito.

Kalita Wave

Método de extração Kalita. (Divulgação/Divulgação)

De origem japonesa, ele tem um suporte para filtro onde sua base larga tem três pequenos furos que facilitam a extração. A palavra wave ("onda") se refere ao formato do filtro: a extração é mais consistente e homogênea.

“Essa diferença na saída do filtro é o grande mote da Kalita, pois traz para o café mais corpo”, explica Haroldo Monteiro, sócio-proprietário da Red Coffee, cafeteria que vende e torra cafés especiais.

Hario 60

Hario V60 (tarikkaanmuslu/Getty Images)

“Esse método japonês, oferece um café mais suave e delicado”, explica Haroldo. Há quem diga que ele foi um dos responsáveis pela volta do café filtrado. O formato espiral e as linhas por dentro do coador oferecem como resultado um café limpo e sem resíduo. O número 60 se refere ao ângulo de 60 graus do coador.

Aeropress

(Peter Amend/Getty Images)

Desenvolvida por um criador de brinquedos nos Estados Unidos, o Aeropress tem um sistema parecido com uma seringa: em um tubo é colocado o café e o filtro, e na sequência é despejada a água quente. Um êmbolo faz a pressão para a saída do café.

“Como o café é feito de forma mais rápida, ele libera mais óleos e deixa o café mais encorpado, lembrando um espresso, mas de forma manual”, comenta Haroldo.

Chemex

Chemex (yalcinsonat1/Divulgação)

O seu design interessante, uma mistura de ampulheta com béquer, fez com que ele ficasse exposto no Museu de Arte Moderna de Nova York. Na parte de cima do vidro é colocado um filtro de papel mais espesso que os tradicionais, e dobrado de uma forma a fazer uma tripla filtração.

Antes de ter o pó adicionado, o filtro recebe água quente, o café é colocado e então acrescido de mais água. “O resultado é um café decantado, bem limpo e sem resíduos e onde a acidez é bem equilibrada”, comenta Haroldo.

Prensa francesa

Prensa francesa (Cavan Images/Getty Images)

Bem parecida com o método Aeropress, a pressão é quem vai fazer todo o trabalho. “Ela extrai o que tem de melhor no café, porém, deixa um pouco de resíduo. Um ponto importante quando se for usar a prensa francesa: é preciso que o grão tenha sido moído com uma granulagem mais grossa”, diz Haroldo.

Sifão

Extração com sifão (Nadore/Getty Images)

O design por si só já chamaria atenção, mas a preparação é um show à parte. É um dos métodos mais antigos, de 1840, criado por um químico alemão, onde uma estrutura com um globo e um tubo é aquecida por um chama. Coloca-se água no globo, que quando aquecido vai para a parte de cima, momento esse que se junta o pó. Depois tira-se a chama e o que acontece é que o café é coado e sai limpo no globo. “O resultado é um café cheio de sabor, quem mantém seus óleos devido ao uso do filtro de alumínio”, comenta Haroldo.

Moka

Moka ou cafeteira italiana (Peter Amend/Getty Images)

Muitos a conhecem como cafeteira italiana, ela lembra o processo do Sifão: a água da parte debaixo, quando fervida, se encontra com a parte do meio onde está o pó do café, é filtrado e chega na parte de cima, pronto para consumo.

Dentre as sugestões de café para o uso está o blend do Gourmet Dark Roast 100% arábica, da Três Corações. Cultivado nas regiões do sul de Minas Gerais e na Mogiana Paulista, o café possui uma torra intensa (Dark Roast) que resulta em uma bebida marcante e encorpada. Com notas de chocolate amargo, aroma adocicado, acidez cítrica e doçura alta. O café vem em duas versões: Torrado & Moído e Drip Coffee.

Para fazer o café coado perfeito, Caio Tucunduva, mestre de torrefação da No More Bad Coffee, selecionou dicas essenciais e práticas.

É preciso escaldar o filtro?

Sim. Geralmente, a ideia de escaldar do filtro é para tirar o gosto residual de celulose, ou seja aquele gosto de papel que pode comprometer o sabor final do seu café.

Qual a temperatura certa da água?

Apesar de ser um assunto polêmico, eu acredito que não existe uma temperatura ideal. Porém, uma dica é esperar a água fazer as bolhas, desligar e já acrescentar no café.

Preciso me preocupar com a grossura da moagem do grão?

Se você é um entusiasta de café, e tem alguns aparelhos para extração em casa, vale entender qual o método e escolher a granulometria correta. Por exemplo: na prensa francesa, o ideal é que a moagem seja mais grossa para tentar minimizar o excesso de resíduo que normalmente o método oferece. As moagens médias vão bem no Hario, Kalita e Koar. Já as moagens mais finas vão bem com expresso, café turco, moka italiano, entre outros.

Qual a quantidade de pó para água?

Para o café coado, vale a proporção de 5 g a 10 g (ou seja, uma colher de sopa) para cada 100 ml de água.

Acompanhe tudo sobre:CaféCafé Três Corações

Mais de Casual

Os 5 melhores filmes e séries para maratonar no feriado

Chegou a hora de descobrir destinos turísticos no Brasil

8 restaurantes brasileiros estão na lista estendida dos melhores da América Latina; veja ranking

Novos cardápios, cartas de drinques e restaurantes para aproveitar o feriado em São Paulo