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Dia Mundial do Queijo: saiba como harmonizar queijos brasileiros com vinhos

No Dia Mundial do Queijo, sommelière sugere rótulos para apreciar com queijos nacionais como Tulha, Canastra, Coalho e Minas

 (yagmradam/Getty Images)

(yagmradam/Getty Images)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 20 de janeiro de 2024 às 10h23.

Assim como o vinho, o queijo é apreciado pela humanidade há milênios com características e sabores provenientes das mais diversas regiões do mundo. Para comemorar o Dia Mundial do Queijo, celebrado hoje, 20, saiba como harmonizar diferentes queijos brasileiros com vinhos.

Elaborados com leite de animais como vaca, cabra, ovelha e búfala, os queijos podem ser frescos, curados, intensos, suaves, picantes, cremosos e até temperados.

Os queijos brasileiros são bem cotados entre especialistas. Na 6ª edição do Mondial du Fromage, em Tours, na França, o Brasil conquistou 82 medalhas, sendo 1 super ouro, 17 de ouro, 23 de prata e 41 de bronze.

Para fazer uma boa harmonização de queijos e vinhos, Thamirys Schneider, sommelière do clube de assinaturas Wine, recomenda prestar atenção na estrutura, textura, intensidade, untuosidade e acidez do queijo.

Saiba como harmonizar queijos brasileiros com vinhos

Queijo Canastra faz uma bela dupla com tintos de notas picantes

O queijo Canastra, tipicamente brasileiro, é um produto de origem controlada com Indicação Geográfica Protegida, ou seja, só pode ser produzido em um dos sete municípios que compõem a região da Serra da Canastra, Minas Gerais. Em 2008, ganhou status de patrimônio cultural brasileiro pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Conhecido por sua casca amarela, massa branca e macia, tem sabor forte e marcante com toque levemente picante e com um pouco de acidez. Para harmonizá-lo, a dica é escolher tintos que tenham corpo médio, taninos presentes e macios e acidez mais acentuada para ajudar a limpar o paladar.
Devido ao toque levemente marcante do Canastra, vale a pena escolher tintos com notas picantes e especiarias que somem às características do queijo.

“A sugestão é o Cabriana D.O. Terra Alta 2017, um blend de Syrah e Garnacha da D.O. Terra, Catalunha, Espanha. Este rótulo passa no mínimo de 8 meses em carvalho francês, para ganhar maior complexidade e estrutura”, observa a sommelière da Wine. Com notas que destacam aromas frutados e um toque de pimenta, além de um paladar intenso, seus taninos macios e a acidez refrescante, fazem uma ótima combinação com queijo Canastra.

Queijo coalho combina com vinhos brancos leves e vibrantes

O queijo coalho tem sua origem no Nordeste do Brasil e é amplamente consumido em pratos tradicionais como o Baião de Dois. É um queijo mais úmido, de massa branca semi-cozida ou cozida, pouco salgado, levemente ácido e com teor de gordura médio-alto. Entre suas características especiais, está a resistência ao calor, o que possibilita que seja consumido de diversas formas, de assado a tostado.

Para aproveitar a versatilidade deste queijo, que pode ser consumido de diversas maneiras, a dica é escolher um vinho branco com acidez vibrante, leve, frutado e com um final de boca mais adocicado, como os vinhos brancos da D.O.C Vinho Verde. A indicação é o Piranha D.O.C. Vinho Verde 2022, um exemplar leve, vibrante e super refrescante que, ao ser servido levemente gelado, harmoniza muito bem um espetinho de queijo coalho na beira da piscina ou na praia.

Queijo Tulha pede um Chardonnay encorpado

O queijo Tulha foi o primeiro queijo artesanal brasileiro a receber medalha de ouro internacional no World Cheese Awards em San Sebastian, na Espanha. Produzido com leite de vaca, em Amparo, no interior do Estado de São Paulo, após por 12 meses de maturação, tem uma estrutura firme como a de um parmesão, mas desmancha na boca, revelando suas notas frutadas, sabor salgado levemente acentuado e toques delicadamente cítricos.

Para harmonizar, vale apostar em um vinho branco mais estruturado e encorpado, como o Calyptra Gran Reserva Chardonnay 2019. Após passar 18 meses em barricas de carvalho francês e mais seis meses em garrafa antes de ser comercializado, este exemplar ganha notas cítricas e apresenta maior volume e untuosidade no paladar. É, com certeza, um vinho que acompanha com maestria o primeiro queijo brasileiro com premiação mundial.

Curta um tradicional queijo Minas com um espumante 100% nacional

Esta categoria de queijos faz referência às produções da região de Minas Gerais, independente do local ou processo de cura. É um tipo de queijo que pode variar de acordo com o grau de maturação e a região mineira de produção, mas no geral, é um queijo levemente salgado, com textura macia e esponjosa, além de um teor de umidade evidente.

As possibilidades vão do queijo minas frescal (queijo branco mais úmido e fresco, portanto, com mais soro) ao queijo minas padrão (com umidade mais baixa e um grau leve de maturação). Para harmonizar com tantas versões, a sugestão é escolher um espumante brasileiro como o Espumante Ballade by Miolo Brut, um exemplar vibrante e super refrescante elaborado com as uvas Chenin Blanc, Sauvignon blanc e Verdejo no Vale do São Francisco, na Bahia. Versátil, este espumante compõe muito bem momentos leves e descontraídos com um bom queijo Minas.

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