(Vert/Divulgação)
Ivan Padilla
Publicado em 11 de outubro de 2022 às 10h10.
Última atualização em 14 de outubro de 2022 às 10h47.
A Vert tornou-se um dos tênis queridinhos do momento. A inconfundível letra V na lateral é uma chancela de que, além de ter estilo, o usuário se importa com moda sustentável. A novidade que chega bem na véspera do Dia das Crianças é que a marca franco-brasileira está lançando por aqui sua linha infantil.
São 14 novos pares, em tamanhos menores de suas silhuetas mais icônicas. São elas a Canary (que é a releitura do modelo Condor) V-10, V-12 e Esplar. Como já acontece com todas as suas linhas, os modelos são feitos de materiais responsáveis, como a borracha nativa da Amazônia e o algodão agroecológico.
A camurça e o couro são os materiais predominantes nos modelos V-10, V-12 e Esplar. Todos, porém, em C.W.L. (alternativa vegana ao couro) e no chamado couro chromefree, uma variação do couro proveniente de fazendas do Rio Grande do Sul, onde não há o envolvimento de cromo, metais pesados ou ácidos no processo de curtimento e com uso de água reduzido em 40%.
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Outro material sustentável usado na fabricação dos calçados é o chamado tecido alveomesh, feito em poliéster 100% reciclado de garrafas PET e que garante leveza e flexibilidade aos tênis. A linha Kids conta com modelos do tamanho 20 ao 25. Já a Junior tem numeração do 26 ao 33.
“Pensando no impacto que nós queremos ter no mundo, sem dúvida uma das nossas grandes inspirações são as crianças, né?”, diz Christiano Coelho, COO da VERT no Brasil. “Poder levar os valores que guiam a marca e os nossos produtos para esse público é uma evolução natural do nosso projeto.”
O nome original da marca é Veja. A marca foi a primeira fabricante de sneakers a apostar na sustentabilidade como estratégia de negócios. Seus fundadores, os franceses Sebastien Kopp e François-Ghislain Morillion, criaram a empresa em 2004, após desistirem do mercado financeiro para abrir uma ONG.
O trabalho no terceiro setor levou os empresários franceses a conhecer a Amazônia brasileira, onde montaram uma operação de produção de borracha em parceria com associações de seringueiros. O estabelecimento da marca aqui foi, portanto, uma consequência natural. Por questões de direitos autorais a marca passou a se chamar Vert no Brasil.
A marca tem duas lojas em Paris, uma em Bordeaux, uma em Nova York e, mais recentemente, uma em Berlim. O Brasil ainda não conta com ponto de venda próprio, apenas distribuidores e e-commerce. Segundo Coelho, no entanto, não é por falta de interesse dos consumidores locais.
“O Brasil é um dos mercados prioritários para o crescimento da marca no mundo”, afirma o executivo. “Além de ser o país no qual a marca decidiu desenvolver toda sua cadeia produtiva desde sua criação, é também um mercado com consumidores que têm se engajado enormemente em nossa proposta de valor e design de produto.”