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Dia das Crianças: 5 dicas para os pequenos se tornarem adultos independentes

Como tornar crianças e jovens mais independentes e preparados para a vida adulta?

Crianças: de acordo com uma pesquisa realizada pela revista científica Lancet Child & Adolescent Health, a adolescência vai até os 24 anos, não até os 19 (FG Trade/Getty Images)

Crianças: de acordo com uma pesquisa realizada pela revista científica Lancet Child & Adolescent Health, a adolescência vai até os 24 anos, não até os 19 (FG Trade/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de outubro de 2022 às 09h16.

No clima do Dia das Crianças, comemorado nesta quarta-feira, 12, é necessário pontuar a importância de educar os pequenos hoje para que eles se tornem independentes no futuro. Com a evolução do mundo digital, os jovens e as crianças estão cada vez mais dentro de casa, usando as redes sociais e estendendo os seus anos de estudos.

De acordo com uma pesquisa realizada pela revista científica Lancet Child & Adolescent Health, a adolescência vai até os 24 anos, não até os 19. Mas como tornar essas crianças e jovens mais independentes e preparados para a vida adulta?

VEJA TAMBÉM: Dia das Crianças: o que ensinar sobre dinheiro em cada fase da vida

Segundo a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de São Paulo, é recomendado ensinar as crianças desde cedo a fazer as tarefas de casa e outras atividades para que isso se torne um hábito e não uma obrigação.

"O estímulo à independência permite que a criança seja um adulto maduro e pronto para lidar com as adversidades da vida. Isso estimula a segurança, a pessoa se torna autossuficiente sendo responsável pelas suas atitudes e decisões", destaca.

Abaixo, a especialista lista cinco dicas para ajudar os pais a tornarem seus filhos mais independentes:

1 - Não faça tudo por eles

Muitos pais acabam fazendo tudo para os seus filhos, desde as tarefas de casa, até as responsabilidades escolares. "Essas atitudes podem fazer com que a criança cresça com falta de segurança e autonomia, baixa tolerância à frustração, baixa autoestima e dificuldades de relacionamento. Geralmente são muito dependentes emocionalmente e temem serem abandonadas", salienta Vanessa.

2 - Tenha regras

Estabelecer rotinas, evitar superproteção e atribuir responsabilidades são muito importantes. "Além disso, delegar as tarefas aos pequenos, incentivar as descobertas, ensinar a lidar com frustrações, deixar a criança errar e mostrar que isso é natural, ajudar a guardar os brinquedos, jogar as roupas no cesto, também pode ajudar a criar senso de responsabilidade", complementa.

3 - Não confunda ajuda com cuidado excessivo e superproteção

"Permita que a criança encontre soluções para os problemas ou que ela, pelo menos, estimule a capacidade de ser resiliente, tentando quantas vezes for preciso até conseguir realizar uma tarefa. Deixar a criança perceber que você acredita no potencial dela é muito importante para que ela se sinta confiante", explica a psicóloga.

4 - Na medida do possível, deixe que a criança tome suas decisões sozinha

As escolhas devem ser estimuladas desde cedo para que a criança se torne, no futuro, um adulto seguro, decidido e independente. "Se isso não acontecer, provavelmente será aquele adulto que não sairá da casa dos pais, pois não conseguirá viver sozinho", alerta. De acordo com a especialista, os pais devem ajudar seus filhos estando atentos às necessidades de carinho e espaço. "É importante estar atento às potencialidades das crianças, e também buscar um equilíbrio entre proteção e liberdade na educação. No mundo infantil, as crianças necessitam de referências positivas desses adultos pois algumas coisas ainda não são compreensíveis. Os pais devem ser facilitadores desse processo", diz Vanessa.

5 - Tome cuidado com o excesso de independência

Apesar de ser ótimo para a criança se tornar um adulto mais preparado para a vida, a psicóloga alerta que os pais devem procurar um equilíbrio para que os filhos também não acabem perdendo a infância. "É preciso perceber os momentos em que a estimulação da independência é oportuna. O exagero também pode ser perigoso. Em alguns casos estimulação excessiva pode ser entendida pelas crianças como abandono", finaliza.

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