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Depois da maconha medicinal, Tailândia legaliza mais uma droga: a "kratom"

Dois anos após se tornar o primeiro país do Sudeste Asiático a autorizar o uso medicinal da cannabis, a Tailândia agora libera o uso e o comércio de uma planta local bastante popular em suas comunidades rurais

Cultivo de kratom, uma planta psicotrópica, em 2 fev. 2021, em Nonthaburi, na Tailândia (Reprodução/AFP)

Cultivo de kratom, uma planta psicotrópica, em 2 fev. 2021, em Nonthaburi, na Tailândia (Reprodução/AFP)

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GabrielJusto

Publicado em 24 de agosto de 2021 às 16h46.

Última atualização em 24 de agosto de 2021 às 17h30.

A Tailândia retirou a kratom de sua lista de drogas ilícitas, uma planta psicotrópica nativa do sudeste da Ásia usada por muito tempo na medicina tradicional. Os tailandeses agora podem "consumir e vender" kratom, disse o porta-voz do governo, Anucha Burapachaisri, em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 24.

As acusações contra pessoas processadas pelo consumo dessa planta serão retiradas, e cerca de 100 detidos serão soltos ainda hoje, acrescentou o porta-voz. As folhas da kratom (Mitragyna speciosa) são consumidas há séculos no Sudeste Asiático por seus efeitos estimulantes e analgésicos. Na Tailândia, a substância era ilegal desde 1943.

A legalização porá fim "à criminalização abusiva desta droga usada durante muito tempo nas comunidades rurais tradicionais do país", disse à AFP Phil Robertson, da ONG Human Rights Watch.

Esta é uma boa notícia para os agricultores, disse Soontorn Rakrong, um especialista que assessorou as autoridades locais neste assunto. "Dada a forte acentuada do preço atual da borracha, eles poderão cultivar kratom para compensar as perdas", acrescentou ele.

Há dois anos, a Tailândia se tornou o primeiro país do Sudeste Asiático a autorizar o uso medicinal da cannabis.

As leis antidrogas continuam sendo, no entanto, muito rígidas na Tailândia. A posse, ou a venda, de alguns gramas de metanfetamina, por exemplo, pode levar a uma pena de muitos anos de prisão. As instalações penitenciárias do país estão entre aquelas com mais excesso de lotação do mundo. A maioria foi detida por casos de drogas.

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