Vicente del Bosque: "Imagino que o Brasil será o primeiro do Grupo A e teremos que nos esmerar para sermos também o primeiro do nosso grupo" (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 15h58.
Costa do Sauipe - O técnico Vicente del Bosque admitiu nesta sexta-feira, após o sorteio das chaves da Copa do Mundo, que o objetivo da Espanha é buscar o primeiro lugar do Grupo B para evitar um possível confronto com o Brasil nas oitavas de final. Se confirmar o favoritismo no Grupo A, a seleção brasileira enfrentará o segundo colocado da chave B.
"Imagino que o Brasil será o primeiro do Grupo A e teremos que nos esmerar para sermos também o primeiro do nosso grupo", afirmou o treinador, que comandou a Espanha na derrota por 3 a 0 para o Brasil na final da Copa das Confederações, em junho deste ano.
Para tanto, Del Bosque terá que deixar para trás a Holanda e o Chile, além da modesta Austrália. Holandeses e espanhóis decidiram o título da Copa de 2010, na África do Sul. "Não podemos concluir que este é um grupo fácil. Vai ser complicado, mas não acho que seja o 'grupo da morte'. Há chaves mais fortes. Mas ainda assim vai ser difícil", disse.
Logo na estreia, os atuais campeões mundiais terão pela frente a Holanda. "Geralmente, se o rival é menor temos menos concentração em campo. Mas a Holanda vai nos exigir ao máximo", destacou Del Bosque, ao citar Robben, Van Persie e Sneijder, os principais jogadores da equipe holandesa. "Mas depende de nós também, não apenas de nossos rivais".
O treinador também demonstrou preocupação com o Chile. "O futebol do Chile é muito incômodo há anos. É de muita pressão, tem jogadores muito bons, com muita técnica. São muito difíceis de enfrentar", avaliou. "A incógnita será a Austrália, mas não será um rival menor por isso".
Sobre as cidades onde a Espanha jogará, Del Bosque evitou reclamações. A equipe europeia fará a estreia no calor de Salvador, jogará a segunda rodada no Rio de Janeiro e encerrará sua participação na fase de grupos em Curitiba. "Vamos nos aproximando do frio pouco a pouco. Resta-nos aceitar essa situação, nada mais", afirmou.