O banquinho de anta e a escultura de tronco vieram da Ilha do Ferro, AL. (Ruy Teixeira/Divulgação)
Publicado em 29 de maio de 2023 às 12h00.
Se você é fã da cultura popular, já deve ter ouvido falar em J. Borges ou em Janete Costa (1932-2008). Se ainda não, saiba que Borges é um expoente da xilogravura, técnica que consiste em criar matrizes de desenhos em blocos de madeira, ao passo em que ela, arquiteta de formação, criou algumas peças que traduzem nossa brasilidade em design.
Esta mesma brasilidade está presente nos nossos projetos como uma maneira de valorizar o senso de localidade. E este encontro com a produção nacional aparece de formas muito ricas e, por vezes, até inusitadas. Não existe hierarquia entre arte, design e artesanato, especialmente quando se trata desse saber-fazer ancestral que aparece nas muitas expressões artísticas que temos no Brasil.
Atentos à essa demanda crescente, algumas lojas nos grandes centros já fazem uma curadoria de artistas e suas obras. Artistas como os pernambucanos Cida Lima e Aldemir Elias, o Mito Escultor, assim como o mineiro Rondinelly Santos e o alagoano Ruciel Oliveira, possuem pontos de venda em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas fica a recomendação de ir até à fonte buscar a sua peça exclusiva: a experiência é a de visitar um rico museu nos rincões do Brasil.
A cadeira com encosto de corda de O Ebanista e o banco de anta vindo da Ilha do Ferro, AL, são bons exemplos da mistura de arte popular com design.
A fruteira de barro criada pela arquiteta Janete Costa tornou-se um ícone do artesanato popular convertido em peça de desejo.
Criação de Rosalva Siqueira, as jacas de porcelana enfeitam a parede da sala de jantar deste apartamento no Rio de Janeiro.
A escultura de pássaro do artesão Zé Bezerra, vinda de Pernambuco, tornou-se o ponto central neste home office que projetamos em São Paulo.