Os Rolling Stones: colaboração de Paul McCartney e Elton John (Dave Benett/Getty Images)
Publicado em 31 de outubro de 2023 às 08h00.
Na era em que artistas são ressuscitados por ferramentas de inteligência artificial, os Rolling Stones mostram que pertencem à atualidade. No último dia 20, o grupo apresentou seu 24o álbum de estúdio britânico, Hackney Diamonds. Esta é a primeira vez desde o lançamento de A Bigger Bang, em 2005, que a dupla Mick Jagger e Keith Richards volta a assinar músicas inéditas. O título do álbum faz alusão a Hackney, antigo bairro operário no leste de Londres, hoje gentrificado, e aos “diamantes”, referentes aos cacos dos vidros de carros arrombados para furtos.
No videoclipe de Angry, single que apresenta o álbum, Sydney Sweeney, protagonista da série Euphoria, da HBO, anda em um Mercedes-Benz conversível por Los Angeles. Jagger, Richards, Ron Wood e Charlie Watts aparecem em outdoors pelas avenidas em diferentes fases. A inspiração do vídeo tem como base o livro Rock ‘n’ Roll Billboards of the Sunset Strip (2016), sobre os outdoors de bandas de rock das décadas de 1960 a 1980 em Hollywood. Dirigido por François Rousselet, também responsável por produções com Madonna, Kanye West e Pharrell Williams, o clipe inseriu imagens antigas da banda em mais de 100 outdoors da cidade.
Em entrevista à Rolling Stone americana, o diretor disse que buscou trechos de músicas em que Jagger dizia as palavras “angry” e “pain” para sincronizar com a música atual. Entre as imagens há cortes de 1981, do álbum Sucking in the Seventies, da apresentação de 1974, Ladies & Gentlemen, e da turnê de 1982. “Sei que não está 100% perfeito, mas cumpre o propósito. E, às vezes, é meio perturbador ver um Mick Jagger jovem cantando a letra”, disse.
Além de Angry, há outras 11 faixas com participação de Lady Gaga, Stevie Wonder, Elton John e Paul McCartney, que aparece tocando baixo em Bite My Head Off. O processo de gravação também foi registrado, e possivelmente haverá um documentário do backstage.
Se ouvir e ver ainda não for suficiente, o grupo também lançou uma coleção de roupas assinada pelo estilista britânico Paul Smith. “Como marca, sempre tivemos um relacionamento próximo ao mundo da música e considero os Rolling Stones um dos meus grupos favoritos. Além de ser fã, também tenho a sorte de poder chamar os integrantes da banda de amigos. Hackney Diamonds é um álbum fenomenal, com um espírito destemido”, diz Smith. A colaboração se estende a um vinil com a caligrafia de Paul para a lista de faixas no verso.
Hackney Diamonds | Rolling Stones | Disponível nos streamings
Há sete anos, expressar a pluralidade é um dos motes do Masp. Até fevereiro, o museu paulistano apresenta Histórias Indígenas, uma mostra com mais de 285 obras de diferentes mídias, origens e épocas, desde o período anterior à colonização europeia até o presente. Doze curadores de sete países selecionaram trabalhos de mais de 170 artistas divididos em oito núcleos, sendo sete dedicados a diferentes regiões do mundo.
Histórias Indígenas | MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand | Até 25 de fevereiro de 2024
Aprenda a fazer amigos rapidamente, convide todo mundo para a sua casa e se torne um sommelier de caipirinhas. Essas são algumas das indicações da série How to be a Carioca, que pretende apresentar o melhor do estilo de vida dos que vivem no Rio de Janeiro. Baseado no livro homônimo da americana Priscila Ann Goslin, a cada episódio, estrangeiros de Israel, Alemanha, Argentina, Angola e Síria viverão uma situação no Rio na tentativa de se adaptar à cultura local. Para auxiliar os gringos, Francisco (Seu Jorge) será o guia.
How to be a carioca, com Seu Jorge, Malu Mader e Mart’Nália | Disponível no Star+
Grosso modo, e excluídas fatalidades como guerras e acidentes de carro, são quatro as principais causas de morte: câncer, doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas e diabetes tipo 2. São os chamados quatro cavaleiros. Em vez de entupir o paciente de remédios, uma nova abordagem sobre saúde consiste em impedir que os tumores apareçam e se espalhem. Ou evitar aquele primeiro ataque cardíaco. Ou desviar alguém do caminho rumo ao Alzheimer.
Essa nova forma de encarar doenças crônicas é o que o médico americano Peter Attia chama de medicina 3.0 no livro Outlive: A Arte e a Ciência de Viver Mais e Melhor (Intrínseca), que tem frequentado ao longo do ano as listas de best-sellers. Segundo Attia, um ex-intensivista e maratonista aquático, os tratamentos da medicina tradicional são tardios, focados em prolongar a longevidade, mas com poucos efeitos na qualidade de vida. É preciso substituir esse modelo ultrapassado por uma estratégia personalizada e proativa.
A qualidade de vida tem sido atrapalhada pelos prejuízos que a vida moderna traz para o relógio biológico, segundo o neurocientista Russel Foster, autor do livro O Ciclo da Vida (Objetiva). De que forma comer depois do pôr do sol afeta nosso peso? Por que nosso humor muda da manhã para a tarde? Essas são algumas das questões abordadas por Russell. Já a série Como Viver até os 100: Os Segredos das Zonas Azuis, do pesquisador Dan Buettner e lançada no fim de agosto na Netflix, aborda os hábitos das comunidades mais longevas do mundo, de Okinawa, no Japão, a Sardenha. São áreas associadas a um estilo de vida que promove a saúde e o bem-estar. E o melhor: com lições que podem ser aplicadas em qualquer canto do mundo.