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Daniel Alves defende a seleção e rebate críticas

"As pessoas normalmente são muito pessimistas e têm um negativismo tremendo", disse Daniel Alves sobre a desconfiança da torcida brasileira após o último jogo

Daniel Alves: jogador defendeu a seleção (Reuters)

Daniel Alves: jogador defendeu a seleção (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2014 às 14h42.

 Rio de Janeiro - Daniel Alves fez neste sábado uma defesa contundente da seleção brasileira diante das críticas recebidas pelo time por ainda não ter conseguido uma grande exibição na Copa do Mundo, e afirmou que os jogadores decidiram ser mais duros diante de avaliações sobre o time que ele considerou "barbaridades" e "babacas".

"São tantas barbaridades que a gente escuta, tantas coisas negativas, que a gente não pode ficar rindo disso. A gente não está aqui de brincadeira", disse o lateral-direito em entrevista coletiva no centro de treinamento da Granja Comary, em Teresópolis (RJ), antes do treino da equipe.

"As pessoas normalmente são muito pessimistas e têm um negativismo tremendo, mas a gente tem que seguir fiel em defesa do nosso trabalho, que acho que é muito bem feito", acrescentou.

A reação de Daniel Alves às críticas recebidas pela seleção brasileira após o empate de 0 x 0 com o México, na terça-feira, reforça a mudança de ambiente dentro do grupo. Apontado como franco favorito antes do Mundial, o time agora se vê questionado por ainda não ter brilhado na Copa do Mundo.

O próprio jogador baiano foi protagonista de uma entrevista coletiva descontraída antes da estreia da seleção no Mundial, inclusive com direito a música e piada. [ID:nL2N0OQ1BJ] Daniel Alves, remanescente da Copa do Mundo de 2010 e um dos líderes do atual grupo, ficou especialmente incomodado com as cobranças feitas por ex-jogadores que atualmente trabalham na imprensa.

Perguntado sobre as críticas feitas pelo ex-atacante inglês Alan Shearer ao centroavante brasileiro Fred esta semana, o lateral disparou: "Esses são os comentários mais babacas que alguém pode fazer".

"Alguém que jogou futebol, que sabe a dificuldade que é ser jogador de futebol, a dificuldade de enfrentar adversários, competir, fazer gols, é uma pena para o futebol e uma falta de respeito com os companheiros de futebol. É digno de pena", disse.

A maior parte dos questionamentos feitos ao time do técnico Luiz Felipe Scolari tem como base a incapacidade da equipe de repetir as atuações apresentadas na Copa das Confederações do ano passado, quando o Brasil conquistou o título com uma vitória por 3 x 0 sobre a Espanha na final no Maracanã.

Segundo Daniel Alves, a seleção brasileira não considera que está devendo pelo que apresentou no empate sem gols com o México e na vitória de 3 x 1 sobre a Croácia, em que só conseguiu a virada graças a um pênalti polêmico marcado sobre Fred.

O problema, para ele, é que a torcida colocou uma expectativa muito grande sobre o time para o Mundial e tem uma reação emocional quando os resultados não saem como esperado.

"A gente não é a seleção da Copa das Confederações e nem devemos ser, estamos jogando um Mundial e essa competição é muito mais exigente, e nosso objetivo também é bem maior", afirmou.

"A gente não pode ir muito como vai o torcedor. O torcedor quer que a seleção ganhe, faça cinco, dez gols, esse é o ímpeto do torcedor. Então, quando não se consegue, a leitura deles é totalmente diferente da nossa porque eles agem com a emoção e a gente age com um pouco mais de critério", disse.

"A gente não pensa que está devendo, a gente pensa que nosso povo criou uma expectativa muito grande na nossa seleção e evidente que a gente está trabalhando para dar essa resposta a essas expectativas." (Edição de Eduardo Simões)

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