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Cuba retoma o turismo internacional e espera por visitantes

Apesar da decisão de Cuba de reabrir as fronteiras, especialistas esperam uma lenta retomada do turismo no mundo após o coronavírus

Cuba começa a voltar a rotina normal após a quarentena (AFP/AFP Photo)

Cuba começa a voltar a rotina normal após a quarentena (AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 2 de julho de 2020 às 10h21.

Última atualização em 2 de julho de 2020 às 16h12.

Cuba aguarda pela chegada de turistas estrangeiros às ilhotas do seu território a partir desta quarta-feira (1º), após três meses de fronteiras fechadas por causa da pandemia, ainda que a retomada tenha começado sem movimento turístico, vital para a economia. 

"Cuba reabre suas fronteiras para o turismo internacional", anunciou o presidente, Miguel Díaz-Canel, no Twitter, chefe do governo que registrou no país um total de 2.348 casos até esta quarta-feira, com 2.218 recuperados e 86 mortos, considerando o novo coronavírus sob controle.

O Ministério do Turismo (Mintur) informou o início das "operações (de turismo internacional) em Cayo Largo, Cayo Coco, Cayo Guillermo, Cayo Cruz e Cayo Santa María", ilhotas paradisíacas situadas na zona costeira de Cuba. O resto do país está fechado.

No entanto, nem a Mintur nem a mídia estatal cubana informaram sobre a chegada ou possível desembarque de turistas durante o dia de reabertura.

Os especialistas preveem uma lenta retomada da atividade turística a nível global, já que existem países que operam com restrições e com fronteiras fechadas.

Na ilha, a maior parte do território não apresenta mais casos de COVID-19, e os focos estão concentrados na capital, Havana, que ainda tem restrições, embora na maioria do país já começou a reabertura gradual e a volta do turismo interno.

Segundo o Mintur, a estratégia de Cuba para garantir uma reabertura "segura" ao turismo inclui testar todos os turistas que chegarem à ilha. Além disso, cada hotel terá uma equipe de médicos para lidar com novos casos.

Os turistas chegarão às ilhotas em voos diretos a partir dos seus locais de origem, sendo impedidos de entrar em contato com a população cubana.

Em 24 de março, Cuba fechou suas fronteiras ao turismo, o que prejudicou sua economia, que tem essa atividade como uma de suas principais fontes de receita (US$ 3,3 bilhões, em 2018).

Mesmo antes de a ilha apresentar os primeiros casos de coronavírus em março - em três turistas italianos - o turismo local já estava sofrendo o impacto das medidas de reforço do embargo que Washington aplica à ilha desde 1962, aprovadas pelo governo Trump.

Segundo dados oficiais, entre janeiro e abril deste ano, a entrada de turistas em Cuba diminuiu 49%. A ONU estima que as perdas no turismo do mundo neste ano possam chegar a US$ 3,3 trilhões por causa das restrições impostas pelo coronavírus.

Além disso, considera que "sem apoio firme, a queda repentina e imprevista do turismo pode devastar as economias dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento".

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