Eleições presidenciais nos Estados Unidos: equipes divulgam fake news (KristinaJovanovic/Thinkstock)
AFP
Publicado em 6 de maio de 2020 às 11h50.
Última atualização em 6 de maio de 2020 às 15h40.
A Cruz Vermelha divulgou nesta terça-feira (5) o que apresenta como a primeira rede mundial de influenciadores digitais para combater a desinformação sobre o novo coronavírus e divulgar conteúdos essenciais para o grande público.
As falsas informações, teorias da conspiração, os tratamentos inadequados, dicas erradas de prevenção e propaganda enganosa sobre a pandemia enchem as redes sociais e a internet.
Em seu site de informações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece una longa lista de "mitos" em circulação sobre a doença covid-19, como as supostas vantagens de uma prolongada exposição à luz para se proteger ou curar.
Essa lista, no entanto, não é acessível para todos e não impede a propagação de notícias falsas sobre a epidemia, as "infodemias".
"Uma informação verificada em um contexto de urgência é tão importante quanto a resposta médica", afirma Nicola Jones, porta-voz da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha (IFRC), em comunicado.
Para chegar aos jovens, a IFRC e a agência de marketing Billion Dollar Boy contrataram cerca de trinta pessoas que possuem uma ampla audiência nas redes sociais, também conhecidas como 'influenciadoras digitais".
Juntos, contam com cerca de dois milhões de seguidores em quatro países, segundo a IFRC.
Especificamente, a IFRC lhes enviará toda semana uma mensagem a partir da qual poderão criar seu próprio conteúdo. Este deverá ser aprovado pela ONG antes de sua publicação.
Entre os influenciadores selecionados, estão o italiano Antonio Nunziata, cujo país é um dos mais afetados pela pandemia, seguido por mais de 230.000 pessoas, e a britânica Katie Woods, cujo blog sobre desing de interior possui seguido 190.000 seguidores.
Influenciadores do México e Emirados Árabes também fazem parte do projeto.