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Crémants franceses são a melhor alternativa ao champanhe

Fabricados pelo mesmo método que o champanhe, os crémants franceses são a mais recente novidade do crescente universo dos espumantes

Pense na bebida como o azarão do mundo dos vinhos franceses, com um toque de sofisticação gaulesa sem o preço do champanhe (Veuve Ambal/Divulgação)

Pense na bebida como o azarão do mundo dos vinhos franceses, com um toque de sofisticação gaulesa sem o preço do champanhe (Veuve Ambal/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 15h36.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2018 às 15h36.

Fabricados pelo mesmo método que o champanhe, os crémants franceses são a mais recente novidade do crescente universo dos espumantes — e são uma escolha sábia, se você quiser abandonar o entediante prosecco. Pense neles como o azarão do mundo dos vinhos franceses, com um toque de sofisticação gaulesa sem o preço do champanhe.

"Crémant" é um termo oficial usado em toda a França para vinhos espumantes finos feitos fora de Champagne pelo "méthode traditionnelle". Esse é o processo pelo qual os vinhos obtêm suas bolhas em uma segunda fermentação dentro da garrafa e são envelhecidos durante meses com as células de levedura restantes, o que lhes dá caráter e uma textura mais cremosa.

Durante décadas, lugares famosos por ótimos vinhos tintos e brancos – como Borgonha, Alsácia, Vale do Loire e até Bordéus – produziram espumantes sem fazer alarde, mas a palavra "crémant" só apareceu oficialmente nos rótulos em meados da década de 1970. Oito regiões agora podem usar o termo para seu espumante; a última adição é Saboia, nos Alpes (Beaujolais também quer entrar, para aproveitar a demanda global por espumantes, que deverá crescer 14 por cento até 2020; a região pretende conseguir o status de denominação para o espumante de gamay em alguns anos).

Ao contrário do champanhe produzido em Champagne, um espumante quase sempre composto de chardonnay e/ou pinot noir – e, às vezes, de pinot meunier –, os crémants costumam depender, pelo menos parcialmente, de variedades locais. No Loire, chenin blanc; na Alsácia, pinot blanc, bem como auxerrois; em Saboia, jacquère e altesse. Portanto, não espere um sabor idêntico ao do champanhe.

A seguir, uma breve descrição de cinco regiões.

Crémant d’Alsace

A pitoresca Alsácia, no sopé dos Vosges do nordeste da França, produz mais de 50 por cento de todos os crémants franceses. Muitos são excelentes e estão mais amplamente disponíveis do que os produtos de outras regiões.

Crémant de Bordeaux

Bordeaux é a única região cuja produção de crémant está diminuindo, o que pode explicar por que poucos deles me impressionaram.

Crémant de Bourgogne

Surpreendentemente, quase todas as aldeias da Borgonha produzem uvas para crémants, mas as principais regiões estão ao norte, em Chablis, onde os vinhos são cítricos e leves, e ao sul, na Côte Chalonnaise, onde os vinhos são mais saborosos e completos. Chardonnay e pinot noir dominam, assim como nos vinhos tranquilos. Mas os produtores também usam outras variedades cultivadas na região, como pinot blanc, aligoté e gamay. No ano passado, na tentativa de melhorar a qualidade, a região instituiu novas designações de classificação adicionais: "Eminent" e "Grand Eminent".

Crémant du Jura

O vinho espumante cresceu rapidamente aqui e agora representa uma em cada quatro garrafas na antiga região do Jura, no leste da França, que agora está na moda. Os crémants brancos precisam conter pelo menos 50 por cento de chardonnay, e os rosés, pelo menos 50 por cento de pinot noir ou do tinto local, poulsard.

Crémant de Loire

O Loire é uma verdadeira incubadora de produtores de crémant. Há muito tempo, o espumante daqui era quase tão famoso quanto o de Champagne. Mas os vinhos têm um sabor muito diferente, porque a uva primária para o branco é chenin blanc; para o rosé, é cabernet franc.

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