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Consumo mundial de vinho cai para o menor nível desde 1961

Consumo mundial se situou em 214,2 milhões de hectolitros (mhl), de acordo com estimativas divulgadas pela Organização Internacional do Vinho

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 15 de abril de 2025 às 17h30.

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O consumo mundial de vinho caiu em 2024 para seu nível mais baixo desde 1961, anunciou nesta terça-feira a Organização Internacional do Vinho (OIV), alertando também para a "incerteza" no setor devido às tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos a produtos importados de outros países.

O consumo mundial se situou em 214,2 milhões de hectolitros (mhl), de acordo com estimativas divulgadas pela OIV em entrevista coletiva. Isso representa 3,3% a menos do que em 2023 e o valor mais baixo desde 1961.

Os dois maiores mercados, Estados Unidos e França, registraram quedas de consumo de 6% e 4%, respectivamente, detalhou o diretor-geral da OIV, John Barker.

A organização atribuiu o declínio no consumo a vários fatores, como mudanças nos gostos dos consumidores, diferentes preferências entre gerações e aumentos gerais de preços devido ao aumento da inflação a nível global.

O diretor-geral da organização reconheceu que as tarifas anunciadas pelo governo presidido por Donald Trump estão gerando "incerteza no mercado", embora tenha se recusado a "especular sobre possíveis cenários futuros" até que tenha visto os resultados.

Barker enfatizou que, se as tarifas sobre o vinho permanecessem em 10%, isso não mudaria o status dos Estados Unidos como um importante mercado de vinhos. No entanto, destacou que 47% do vinho produzido globalmente é exportado, portanto, "qualquer tipo de barreira cria uma distração no mercado".

Em 2024, os EUA foram o maior importador de vinho em valor (6,3 bilhões de euros), mas o terceiro maior em volume, com 12,3 mhl, atrás de Alemanha (12,7) e Reino Unido (12,6 mhl).

A produção de vinho em 2024 atingiu 225,8 milhões de hectolitros, 4,8% a menos do que em 2023 e a menor em 60 anos, devido a uma sucessão de "eventos climáticos extremos" que também criaram problemas de saúde das culturas em grandes áreas produtoras, disse a OIV, entidade sediada em Dijon, no leste da França.

A produção menor e os preços mais altos resultaram na estabilização do comércio internacional de vinhos, tanto em volume, com 99,8 milhões de hectolitros (0,1% a menos do que em 2023), quanto em valor (35,9 bilhões de euros, queda de 0,3%).

A OIV previu que a produção nos países do hemisfério Sul, que estão concluindo a colheita, chegará a 47 milhões de hectolitros neste ano, um aumento de 2,6% em relação a 2024.

A produção aumentará em Brasil, Argentina, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia, mas cairá no Chile, de acordo com os dados nacionais comunicados à OIV.

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