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Consumo de carne curada de estilo italiano aumenta em pandemia

O aumento na demanda por carne curada tem sido um ponto positivo para o mercado de frios, que movimenta US$ 12,8 bilhões nos Estados Unidos

Prato com prosciutto  (Natasha Breen/Universal Images Group/Getty Images)

Prato com prosciutto (Natasha Breen/Universal Images Group/Getty Images)

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Daniel Salles

Publicado em 2 de novembro de 2020 às 06h00.

O prosciutto entrou para a lista de produtos que evaporam das prateleiras dos supermercados durante pandemia.

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A demanda por charcutaria está em alta - carnes curadas ao estilo europeu, como salame e pancetta -, pois consumidores aumentam a procura por petiscos para desfrutar fora de restaurantes. É parte de uma tendência em aceleração observada por Dasha Shor, analista global de alimentos da consultoria Mintel Group.

“Produtos de carne para petiscos em casa e mini refeições à base de carne são o ‘novo normal’ na realidade da Covid-19”, disse Shor. Produtos inspirados em charcutaria ganham relevância “devido à popularidade das proteínas e pessoas que querem menos culpa e mais emoção na segurança de suas casas”.

O aumento na demanda por carne curada tem sido um ponto positivo para o mercado de frios, que movimenta US$ 12,8 bilhões nos Estados Unidos. Isso levou fornecedores a aumentarem as linhas de carne curada, e um produtor decidiu expandir as operações. Os aperitivos de carne já mostravam expansão nos últimos anos, em meio à demanda por alimentos convenientes com alto teor de proteína, em linha com estilos de vida e dietas ativas, mas a pandemia aumentou o apetite por esse tipo de produto.

O segmento de frios embalados respondeu por quase US$ 7 bilhões das vendas nos EUA no ano passado, em comparação com US$ 5,8 bilhões para a carne a granel, de acordo com a Nielsen. O salame embalado e a granel combinado representou 8,3% das vendas totais, enquanto as carnes italianas responderam por uma fatia de 1,9% do mercado total.

Há tanta demanda por carnes como salame e prosciutto que a Plumrose USA anunciou planos em agosto para construir uma unidade orçada em US$ 200 milhões para produzir carnes italianas e charcutaria. A empresa, subsidiária da JBS USA, estima que as vendas no varejo de carnes italianas crescerão 10% ao ano, e os volumes aumentarão 6% na taxa anual, com o maior crescimento vindo do pepperoni e do prosciutto.

O crescimento das vendas dessas carnes no varejo acelerou com a mudança de comportamento do consumidor durante a pandemia, disse o presidente da Plumrose EUA, Tom Lopez, por e-mail. As vendas de carnes italianas aumentaram 21%, e os volumes de vendas subiram 13% em relação aos níveis anteriores à Covid, disse.

Lopez vê demanda crescente de millennials e da geração X não apenas devido às tendências das redes sociais de compartilhamento de alimentos, mas também porque consumidores dessa faixa etária estão interessados em alimentos autênticos e produtos artesanais.

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