Murray falou ao celular com quatro namoradas diferentes na manhã que o cantor morreu e, com uma delas, o médico trocou mensagens de texto (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2011 às 11h46.
São Paulo - O lado mulherengo do médico Conrad Murray está sendo explorado pela acusação no julgamento do caso Michael Jackson. Na manhã em que o cantor morreu, Murray falou ao celular com quatro namoradas diferentes e, com uma delas, o médico trocou mensagens de texto. A garçonete Sade Anding, contou em depoimento nesta terça que estava ao telefone com Murray quando ouviu murmurios e um acesso de tosse. "De repente, Murray ficou mudo e depois a ligação caiu", contou Sade. A promotoria acredita que foi neste momento que o médico percebeu que havia algo de errado com Michael.
Outra namorada, Nicole Alvarez, com quem Murray tem um filho de quatro meses, contou que o médico lhe telefonou de dentro da ambulância em que Michael Jackson foi levado para o UCLA Medical Center. "Ele não parecia preocupado". Antes disso, o médico mandou uma mensagem de texto para Michelle Bella e não atendeu ao telefonema de Bridgette Morgan.
A partir do depoimento das namoradas, os advogados de acusação querem reforçar a tese de que o médico foi negligente com o estado de saúde do cantor após lhe aplicar uma alta dose do sedativo propofol, usado para aliviar a insônia do cantor. Murray deveria monitorar os sinais vitais do paciente após a aplicação. Em vez disso, as investigações provaram que ele fez uma ligação de 32 minutos com seu consultório em Las Vegas e, em seguida, deixou recado no celular de outro paciente, antes de falar com as quatro mulheres.
Desde a última terça, o médico Conrad Murray está sendo julgado pela Corte Superior do condado de Los Angeles por homicídio culposo pela morte de Michael Jackson, em 25 de junho de 2009. Se receber um veredicto desfavorável, o médico pode ser condenado a quatro anos de prisão.