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Conheça os melhores restaurantes do Rio de Janeiro no ranking da CASUAL Exame 2023

Confira os destaques do ano na gastronomia nacional, escolhidos por quem mais entende do assunto

Lasai: eleito o melhor restaurante do Rio de Janeiro. (Rodrigo Azevedo/Divulgação)

Lasai: eleito o melhor restaurante do Rio de Janeiro. (Rodrigo Azevedo/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 27 de abril de 2023 às 06h00.

Última atualização em 3 de novembro de 2023 às 10h48.

Quais são os melhores restaurantes do Rio de Janeiro em 2023?

Curioso para saber quais são os melhores restaurantes do Rio de Janeiro de 2023? Para resolver essa questão, CASUAL Exame selecionou os 16 representantes da boa gastronomia em território carioca e que foram reconhecidos por especialistas dos 100 Melhores Restaurantes do Brasil. Confira!

Lasai

Um novo capítulo na história do Lasai começou a ser escrito em maio do ano passado. Foi quando o restaurante do chef Rafa Costa e Silva reabriu no endereço atual. O antigo imóvel, que será transformado em um espaço de eventos, tinha capacidade para 45 clientes e exigia até 17 pessoas trabalhando na cozinha. A poucos metros, a nova casa se resume a um balcão que só acomoda dez fregueses.

O encolhimento se deve à vontade de viabilizar, de fato, a proposta do Lasai: servir insumos brasileiros cultivados pelo próprio restaurante ou por pequenos agricultores do Rio de Janeiro e permitir que os comensais vejam os cozinheiros em ação. “Em relação à mudança do Lasai, só me arrependo de não ter feito antes”, diz Costa e Silva, que adora ver a reação da clientela saboreando o que ele inventou. “Acabou a pressão para obter ingredientes em grandes quantidades, e agora tenho tempo até para dar banho no meu filho antes de abrir o restaurante.”

O Lasai só trabalha com menu degustação, que inclui pratos como ostra com pimenta-de-cheiro, mel e limão-­caviar e mandioca na manteiga com castanha-do-pará fresca e couve kale — os pratos nunca são os mesmos. Com 15 etapas, a sequência custa 950 reais ou, com harmonização de vinhos, 1.350 reais.

Largo dos Leões, 35, Humaitá, Rio de Janeiro

Oteque

Cozinha do Oteque, dono de duas estrelas Michelin: menu degustação em oito etapas, que pode incluir atum cru com caviar e lagostim com maionese de peixe (Rodrigo Azevedo/Divulgação)

A cozinha literalmente aberta para o salão e o teto com revestimento acústico de cinema, que ajuda a abafar o falatório dos clientes, já indicam a atenção que o Oteque dá para a comida. Não à toa, muita gente classifica os jantares no endereço — para o qual ninguém dá nada, vendo de fora — como espetáculos gastronômicos memoráveis. Não falta nem uma trilha sonora à altura — vai de Kings of Convenience a Led Zeppelin.

O astro aqui é o chef paranaense Alberto Landgraf, que se reinventou no Rio de Janeiro após uma temporada de cinco anos em São Paulo, onde despontou à frente do extinto Epice. No Oteque, um dos quatro restaurantes brasileiros com duas estrelas Michelin — e o único do quarteto entre os dez primeiros colocados deste ranking —, ele só serve menu degustação. A 735 reais (ou 1.520 reais, com harmonização de vinhos), abarca oito etapas, trocadas diariamente.

Prepare-se para saborear criações como ostra incrementada com vinagrete de tomate e tomate confit; fatias de atum bluefin amanteigado sob vinagrete de alga e pinole; e cavaquinha grelhada com maionese de peixe e picles de maçã verde. O sorbet de coco verde com pralinê e coco verde seco — pode ser servido com queijos brasileiros, cobrados à parte — dá uma ideia das sobremesas.

Rua Conde de Irajá, 581, Botafogo, Rio de Janeiro

Cipriani

Agraciado com uma estrela Michelin, o restaurante comandado pelo chef Nello Cassese valeria só pela localização: ladeia a mítica piscina do Copacabana Palace. A comida, no entanto, faz justiça ao célebre hotel e a tudo que ele representa. A 475 reais, o menu degustação mais enxuto reúne clássicos do estabelecimento, caso do carpaccio de wagyu com cebola roxa e pinoli e do ovo orgânico incrementado com alcachofra, trufa e queijo parmesão. O segundo e único outro percurso disponível, este a 595 reais, junta receitas como vitello tonnato e risoto com ostra, anis e ovas de peixe.

Avenida Atlântica, 1702, Copacabana, Rio de Janeiro

Ocyá

Inaugurado no ano passado, o restaurante do Gerônimo Athuel tem levado muita gente, pela primeira vez, à Ilha Primeira, próxima da Ilha da Gigoia, no Rio de Janeiro. Para chegar ao Ocyá é preciso pegar um barco nos fundos do BarraPoint Shopping ou da Estação de Metrô Jardim Oceânico. A novidade também tem levado muita gente a concluir que peixe não precisa estar fresco, necessariamente, para ser servido. Athuel é um dos grandes entusiastas da técnica de maturação a seco. Recorre à ela para imprimir complexidade e dar firmeza a peixes pouco conhecidos como sororoca, faqueco e carapeba. O prato que junta brócolis tostado, fritas, farofa e filé de peixe na brasa — a espécie varia de acordo com a disponibilidade —, custa 82 reais. Outro hit, a versão empanada do mesmo peixe vem acompanhada de arroz de limão cremoso, tomate confit e alho assado (78 reais).

Ilha Primeira, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Escama

Quem está à frente da cozinha é Ricardo Lapeyre, que, com sua apurada técnica francesa, aposta em um menu que muda toda semana. A explicação para isso é óbvia: os pratos variam de acordo com os peixes e frutos do mar disponibilizados pelos pescadores cariocas. É um restaurante sem nenhuma frescura e o casarão ensolarado no Jardim Botânico, com direito a paredes brancas e janelas sempre abertas, parece transportar a clientela para a região do Mar Mmediterrâneo. Torça para encontrar no menu o carpaccio de vieiras com pipoca de quinoa e salicórnia (92 reais), o cherne assado (115 reais) e o arroz de bacalhau com azeitona e batata baroa (128 reais).

Rua Visconde de Carandaí, 5, Jardim Botânico, Rio de Janeiro

Lilia

Entre antiquários e comércios populares, um sobrado centenário na região da Lapa carioca esconde a sofisticada cozinha do chef Lucio Vieira. A meta do cozinheiro: criar pratos inovadores, com ingredientes de qualidade e preços acessíveis. Para isso, ele só trabalha com menu degustação (112 reais). Inclui couvert, entrada, prato principal e sobremesa. Há também receitas que podem ser incluídas no percurso por um valor extra, a exemplo do namorado na brasa com emulsão de mexilhão, vagem, brócolis, alho poró, picles de nabo e óleo de dill (32 reais).

Rua do Senado, 45, Centro, Rio de Janeiro

Mesa do Lado

Difícil achar outro restaurante para comparar com este aqui, criado pelo chef Claude Troisgros em parceria com o diretor artístico Batman Zavareze. Funciona em um pequeno espaço de eventos dentro do Chez Claude, no Leblon. Com apenas seis mesas e doze lugares no total, é um local que convida a clientela a comer e beber, mas também a se deliciar com a trilha sonora e as projeções que roubam a cena enquanto o jantar é servido. Ao longo de 2h20, as paredes do espaço são tomadas por fotos de família Troisgros, poemas e até projeções do chef e da cantora Roberta Sá, responsável pela canja musical. À vista de todos, a cozinha expede receitas fora de série como cappuccino de cogumelos, salmão com azedinha e wagyu com purê de aipim, batata-doce, blueberry, quiabo e molho bordelaise. O restaurante-show funciona só de quinta a sábado e não abre mão de reservas – quem chega depois das 20h fica de fora. Com harmonização, a experiência custa quase 1.400 reais por pessoa.

Rua Conde Bernadotte, 26 (Loja P, Q, R e 101), Leblon, Rio de Janeiro

Sult

Não há grandes formalidades no restaurante comandado por Nelson Soares: o salão é minimalista e dá destaque à cozinha – bem visível ao público. E essa disposição não parece coincidência, porque a interação com os clientes parece parte da filosofia, com direito a receitas com toques regionais, a exemplo do pirarucu com risoto de tucupi e jambu com castanha do Pará ralada (88 reais). O fettuccine com sururus custa 68 reais e a fregola com polvo e tutano sai a 82 reais.

Rua Fernandes Guimarães, 77, Botafogo, Rio de Janeiro

Grado

É indiscutível que as receitas italianas costumam ser reconfortantes. E ainda mais quando servidas em um casarão charmoso como o do Grado, decorado com livros, estantes de madeira e uma porção de quadros. No Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (RJ), o endereço é comandado pelo chef Nello Garaventa – de família ítalo-brasileira. Da cozinha saem maravilhas como o agnolotti de javali e prime rib de porco com rúcula, tomates e purê rústico de batatas gratinadas na lenha. Atualmente, o restaurante trabalha somente com menu degustação com três tempos mais sobremesa (189 reais).

Rua Visconde de Carandaí, 31, Jardim Botânico, Rio de Janeiro

Chez Claude

Claude Troisgros. (Tati Frison/Divulgação)

Em setembro de 2020, Claude Troisgros e seu filho, Thomas Troisgros, inauguraram no Itaim Bibi uma filial do Chez Claude, cuja matriz, em operação desde 2017, fica no Leblon. A novidade marcou a volta do apresentador do programa “Que Marravilha!”, da GNT, a São Paulo, onde ele não atuava havia 26 anos, desde a venda do extinto Roanne. Comandada por Thomas, a novidade serve entradas como pudim de agrião com gorgonzola e crisp de mortadela (49 reais) e vieiras com doce de leite, limão e palmito pupunha (72 reais). Braseada por cinco horas, a costela ganha a companhia de aligot e picles de jiló confitado (136 reais)

Rua Conde de Bernadote, 26, Leblon, Rio de Janeiro

Oro

O chef Felipe Bronze. (Tomas Rangel/Divulgação)

Em funcionamento desde 2010, é considerado um dos maiores representantes da alta gastronomia no país. Além dele, só mais dois restaurantes brasileiros ostentam duas estrelas Michelin, os paulistanos Ryo Gastronomia e D.O.M, este do chef Alex Atala (o Tuju, o quarto, também em São Paulo, ganhou um ponto final na quarentena e deve reabrir em maio). No Leblon, o restaurante do chef Felipe Bronze trabalha só com menu degustação. O mais em conta custa 545 reais – ou 795 reais, com vinhos. O preço do outro menu é 655 reais e com vinhos a conta vai para 995 reais. Os dois percursos começam com onze entradinhas para comer com as mãos, caso da ostra com sorbet de caipirinha sobre crocante de torresmo. Depois são dois ou quatro pratos principais, a exemplo da cavaquinha com alho-po­ró e pistache e do peixe com pamonha e caldo de milho tostado.

Avenida General San Martin, 889, Leblon, Rio de Janeiro

Gero Rio

Na filial carioca do Gero – que ocupa o térreo do hotel do grupo em Ipanema –, o menu executivo de almoço (com entrada, principal e sobremesa) custa 167 reais. Para quem não está preocupado em economizar, na conta ou nas calorias, a seção à la carte do cardápio enche a clientela de dúvidas – boas dúvidas. Carpaccio de filé mignon com rúcula, parmesão e vinagre balsâmico (92 reais) ou nhoque com polenta e fonduta com queijo taleggio (125 reais)? Ravioli recheado com carne de vitela e molho de cogumelos (107 reais) ou risoto de açafrão com ossobuco e cogumelos (155 reais)? Na hora da sobremesa é mais fácil: quase todo mundo vai no tiramisù (53 reais).

Avenida Vieira Souto, 80, Ipanema, Rio de Janeiro

Sud, o Pássaro Verde

É até difícil reconhecer o restaurante, que parece camuflado na vizinhança, em pleno Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (RJ). Mas isso está diretamente ligado à proposta de Roberta Sudbrack: retirar toda a pompa da cozinha para oferecer o que há de melhor na gastronomia. E nesse retorno às raízes, o forno de barro ganhou status de protagonista: é dali que saem quase todos os pratos. No menu, destacam-se a costelinha de porco caipira assada no forno de barro (155 reais), o brisket servido com arroz jasmin (145 reais) e o polvo na brasa com shitake, batatinhas, folhas orgânicas e mini pimentões (185 reais). Na lista de sobremesas caseiras, ambrosia (55 reais) e bolo molhado de chocolate (44 reais).

Rua Visconde de Carandaí, 35, Jardim Botânico, Rio de Janeiro

Gajos D'Ouro

Agora em novo endereço, é comandado por ex-funcionários do lendário Antiquarius – “gajos d’ouro”, ou meninos de ouro, era como um ex-patrão se referia à equipe. O cardápio é fiel à tradição ibérica, como prova o polvo à lagareiro (205 reais) e as dezessete variações de bacalhau – há até um abrasileirado strogonoff (245 reais). Também há cabrito assado (180 reais), moqueca de badejo e camarão (195 reais) e os irrecusáveis doces típicos da “terrinha”, como o toucinho do céu (45 reais) e a encharcada de fios de ovos (R$ 45 reais).

R. Aníbal de Mendonça, 31, Ipanema, Rio de Janeiro

Haru

Robalos, olhetes e sororocas são as estrelas do combinado omakase hitori (125 reais). O menu omakase propriamente dito, servido na sala reservada, custa 286 reais. Vale a pena harmonizá-lo, aliás, com a ótima carta de saquês da casa – Menandro Rodrigues, o restaurateur responsável, obteve certificações internacionais relacionadas à bebida e aos sushis. Com carne de porco salteada com hortaliças fermentadas sobre o arroz, o buta kimchi domburi (48 reais) é um dos destaques da ala quente do cardápio.

Rua Raimundo Correia, 10, Copacabana, Rio de Janeiro

Babbo Osteria

Para transformar um antigo casarão de Ipanema em um pedacinho da Itália foram investidos 4 milhões de reais. O projeto é capitaneado pelo chef ítalo-brasileiro Elia Schramm, que incluiu objetos familiares na decoração. O menu inclui clássicos como arancini com recheio de funghi (39 reais) e polpetone com muçarela de búfala mais tagliolini com manteiga de sálvia (59 reais). Na coquetelaria, destaque para o Melone Sour, com vodca, licor de melão e baunilha, Lillet, sour mix e servido com parma adocicado (39 reais).

Rua Barão da Torre, 632, Ipanema, Rio de Janeiro

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