The New York Times: tradicional jornal americano foi um dos mais condecorados na segunda (Gary Hershorn/Getty Images)
AFP
Publicado em 5 de maio de 2020 às 14h33.
Última atualização em 5 de maio de 2020 às 15h49.
O jornal The New York Times conquistou a maior parte dos prêmios Pulitzer de Jornalismo este ano, anunciados virtualmente nesta segunda-feira (4) devido à pandemia de coronavírus.
A organizadora da premiação Dana Canedy anunciou os vencedores em uma transmissão ao vivo pelo YouTube em sua sala de estar, em vez da cerimônia usual na Universidade de Columbia, em Nova York.
O New York Times ganhou três prêmios, incluindo um pela investigação de Brian M. Rosenthal sobre o setor de táxis, que revelou empréstimos com taxas predatórias para motoristas vulneráveis.
Ele também conquistou o prêmio na categoria internacional por uma série de artigos sobre o governo do presidente russo Vladimir Putin.
A jornalista Nikole Hannah-Jones obteve o prêmio de Melhor Comentário por um ensaio pessoal sobre as origens dos Estados Unidos através dos olhos de escravos africanos.
O Pulitzer é considerado o mais importante reconhecimento que jornalistas e organizações de imprensa com sede nos Estados Unidos podem receber.
A Reuters ganhou o prêmio de fotografia de notícias em tempo real por suas imagens dos protestos de Hong Kong.
O Courier-Journal, em Lexington, Kentucky, venceu na categoria de notícias por cobrir centenas de anistias concedidas pelo governador do Kentucky, Matt Bevin.
O prêmio de jornalismo analítico foi concedido aos funcionários do jornal The Washington Post por uma série que mostrava os efeitos de temperaturas extremas no planeta.
O Baltimore Sun obteve o prêmio de melhor reportagem local por uma matéria sobre a relação financeira entre o prefeito daquela cidade e um sistema de hospitais públicos sob sua administração.
Duas organizações ganharam o prêmio nacional de jornalismo: o ProPublica, por uma investigação sobre uma série de acidentes na Marinha americana, e o The Seattle Times, pela cobertura que expôs falhas de projeto nas aeronaves 737 Max da Boeing.
O jornalista Ben Taub, da revista The New Yorker, ganhou o prêmio de melhor relato de texto por uma história sobre a crescente amizade entre um guarda da prisão americana em Guantánamo e um prisioneiro que foi torturado.
O cartunista nova-iorquino Barry Blitt, conhecido por seus delicados desenhos em aquarela de personagens e políticos da Casa Branca sob o governo Trump, ficou com o prêmio de melhor história em quadrinhos.
A Associated Press recebeu o prêmio de reportagem fotográfica por imagens que ilustram a vida na região da Caxemira, disputada pela Índia e o Paquistão, quando a Índia revogou o status de semi-autonomia.
Ida B. Wells (1862-1931), pioneira do jornalismo investigativo e ícone da luta pelos direitos civis, recebeu uma menção póstuma.