Avião executivo: procura maior (Divulgação/Embraer/Divulgação)
Daniel Salles
Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 09h47.
Os compradores de casas e mansões luxuosas em Londres e arredores estão exigindo uma nova comodidade na era de Covid-19: a proximidade de aeroportos privados.
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Clientes super-ricos estão fazendo mais viagens em jatos particulares agora que a pandemia restringiu as viagens aéreas comerciais, de acordo com corretora imobiliária de luxo Beauchamp Estates de Londres. Isso inclui compradores estrangeiros que vêm usando aviões particulares para voar para a Inglaterra.
“Esta mudança nas viagens com o uso de jatos particulares colocou foco em residências com fácil acesso a aeroportos privados menores”, disse o diretor-gerente de Beauchamp, Jeremy Gee. “Nossos clientes agora estão nos pedindo para encontrar para eles casas grandes com acesso a lugares como Farnborough e Northolt”, disse ele, referindo-se a aeroportos dentro e perto de Londres.
As casas de luxo de Londres não estão aproveitando o boom que mobilizou o mercado residencial mais amplo. Os preços estão sob pressão há anos, com queda de 4,3% em 2020 dos valores no centro da cidade, de acordo com a corretora Knight Frank. Um ponto positivo são as mansões fora da capital, que tiveram o maior crescimento de preços em mais de seis anos, com os compradores evitando viver na cidade.
E se houver um aeroporto próximo, é um bônus. A Windsor Park Hall, uma mansão no condado rural de Surrey e perto do aeroporto de Farnborough, foi comprada por 21,5 milhões de libras (US$ 29,3 milhões) no final do ano passado, de acordo com a Beauchamp, que intermediou o negócio. O comprador, um bilionário russo, usou um jato particular para chegar à propriedade de 2.700 metros quadrados.
Mas pode ser preciso mais do que uma pista de pouso para a retomada do mercado de casas de luxo em 2021. O governo britânico lançou a ideia de aumento da taxa sobre ganhos de capital para ajudar a pagar o fardo econômico da pandemia, e isso além de um aumento de impostos para compradores estrangeiros a partir de abril.
“A tributação aqui é realmente o que impede que um grande volume em dinheiro volte para Londres”, disse Marcus O’Brien, negociador de vendas da Beauchamp.